Sergio Machado, presidente da Transpetro ocupou as manchetes de jornais, revistas e sites de notícias na semana passada e adentra essa com revelações bombásticas. A última caiu no colo de Michel Temer, presidente em exercício do Brasil, enquanto Dilma Rousseff aguarda a defesa e julgamento do Senado se é afastada ou se é reconduzida à presidência da República. Tudo muito emblemático e confuso, propostas de plesbiscito e constituinte política, embolam mais ainda a vida política junto com as decisões do STF que "amordaça" a Operação Lava Jato e a PGR de Rodrigo Janot.
É muito estranho que Aécio Neves tenha sido protegido por Gilmar Mendes, prócere juiz do Supremo Tribunal Federal e agora conste como em outras delações como recebedor de maior quantia em 1998, o valor de R$ 1 milhão e vindos do exterior. Isso declarado na Delação premiada de Sergio Machado, textualmente, não é gravação, disse-me-disse, é documento oficial que possibilita a Sergio cumprir sua pena em casa e com tornozeleira apenas, privilégio que nem os deuses do Olimpo de Zeus tiveram quando erraram iam direto para o inferno.
O mais emblemático, contudo, é Michel Temer que é acusado pela mesma delação de receber R$ 1,5 para a campanha a prefeito de São Paulo de Gabriel Chalita e ainda mais de que voltou para a presidência do PMDB devido haver um repasse de R$ 40 milhões, ressalta-se, oriundos do PT-Partido dos Trabalhadores, repassados para se dividir entre os senadores. O grito de alerta veio dos deputados do PMDB, essa corja que está hoje no Congresso que renovou cerca de 39 deputados federais nas últimas eleições. E, que quer elaborar leis para "moralizar" o país, restrições de gastos públicos com sacríficio para a saúde que precisa de dinheiro para combate a Dengue, Zika, leia-se microcefalia que atacou, principalmente o nordeste, Paraíba, Pernambuco e outros estados com mais intensidade. As cirurgias que em muitos lugares estão atrasadas mais de seis meses e até mesmo anos. A compra de remédios de uso contínuo para as doenças autoimunes e outras controladas por medicamentos a vida toda. E, a educação, ambas perderiam a certeza do investimento de 18% para a educação e 15% para a Saúde. Estes homens corruptos, venais possuem condições mínimas para mexer nesses ministérios tão vitais para o país, nessa hora de crise?
Eleições gerais
A Operação Lava Jato, é a melhor operação já feita no país para coibir a corrupção, hoje pode se dizer que ultrapassa a operação Mãos Limpas da Itália, e até mesmo dos USA contra a Máfia, sua abrangência, devido ao grande golpe na economia da sociedade brasileira, desvenda meandros e desencadeiam outras investigaçẽos como a Coaf - Conselho de operações e arrecadação financeira, que levou medalhões internacionais como a Gerdau a indenizar o Estado brasileiro em bilhões talvez, os processos ainda correm e há muitas outras empresas envolvidas.
No entanto, o Supremo Tribunal Federal - STF, tem estorvado a PGR - Procuradoria Geral da República, na figura do Rodrigo Janot que não é diretamente da Lava Jato, mas trabalha diretamente e indiretamente com Sergio Moro, no sentido de que o Ministério Público investiga e junto com a Polícia Federal faz apreensões de documentos, consegue liminar de Sergio Moro para grampear telefone, entrar em residẽncias e até mesmo prender. O STF não tem acatado os pedidos de prisão, titubeia até mesmo com Eduardo Cunha, um tesouro para a Operação Lava Jato, que ninguém sabe o motivo, foi blindado até agora talvez devido ao projeto de Poder de Michel Temer e investidores de retirar Dilma Rousseff do poder e assim dar um golpe de misericórdia na Operação Lava Jato conforme Deltan Dallagnoll semana passada e essa semana denuncia sistematicamente como operação para parar, barrar a Operação Lava Jato, ele não se refere ao STF, mas usa as declarações de Romero Jucá, ex-ministro do Planejamento que não ficou duas semanas no poder, ex-presidente da República José Sarney e do atual presidente, "vitalício" ninguém sabem porque Renal Calheiros, do Senado Federal.
Em conversa informal ouvi que a decisão do STF é para salvar a espinha dorsal do governo. Já pensou que todos fossem presos como o governo brasileiro ficaria? Este pensamento com fundamento ou não, não pode em hipótese alguma vencer como tese e teoria, vence como a teoria da conspiração, onde o Brasil, atualmente é governado, por quem? Michel Temer que está sendo acusado de corrupção tal qual Eduardo Cunha, entre muitos outros? O congresso nacional, que armou contra a presidência da República e deixou o país ingovernável, com a votação que Dilma Rousseff teve com 179 votos contra aceitar o relatório do impeachment, em lugar nenhum no mundo se governa, nem mesmo o clube recreativo da comunidade fulano de tal.
Já a tese, seria melhor o pensamento idealizado de convocar um plesbiscito, ninguém ainda disse como, pois teria que o Michel Temer, o Congresso, o Senado, todos desinteressados convocar esse referendo popular para saber se querem novas eleições já. O que barra essa consulta é por debaixo dos panos a volta incondicional de Dilma Rousseff, que não acrescentaria em nada para o país em termos políticos e econômicos. Se houvesse mesmo o plesbiscito e este referendasse eleições diretas já ainda este ano e universal, para todos os cargos, mesmo que haja o pensamento que não tem liderança, não se tem nomes para governar, que temos tantos partidos e todos eles comprometidos com a política suja e torpe que acizentou a política brasileira. Devemos pensar que a turma que está no poder vai sair em 2018 e que a outra que entrar começa a governar somente depois de uns 2 anos, então o país vai sair dessa crise fomentada pela politica suja somente em 2020 e com o plesbiscito positivo para novas eleições poderíamos sair dessa crise em 2018 com toda a certeza.
Entretanto, há divergência entre os petistas, CUT-Central Única dos Trabalhadores e do MST-Movimento dos Sem Terra, querem e não querem o plesbiscito, acreditam ainda que o Senado reconduzirá Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto, sonho doce, ainda não paga impostos. Mas, surge entre eles uma idéia nada ingênua, indigesta talvez, pelo tempo e paralisação do país, a Constituinte política, única e exclusiva para reformar a política brasileira. Como acabar com fôro privilegiado, como diminuir o número de deputados federais, estaduais e vereadores e cargos de confiança que são cabides de emprego, cargos com meritocracia, ou seja, pessoas certas em funções que elas tenham conhecimento público e notório, precisando até mesmo de uma sabatina. Enfim, a tão esperada, aguardada moralização da política nacional. O Supremo Tribunal Federal, poderia analisar essa questão antes que venham outros aventureiros e levantem a bandeira de como era bom o Brasil na época da ditadura e que João Baptista de Figueiredo, de seu túmulo ecoee: "você ainda sentirão saudades do meu governo". Será que a corrupção e cara de pau de políticos brasileiros fará isso com o Brasil endividado pela ditadura militar em mais de U$$ 200 bilhões de dólares?
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