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quarta-feira, 15 de junho de 2016

Café e erva mate não representam risco para câncer, se bebidos em temperaturas abaixo de 65º C Estudo mundial aponta ainda que café é fator de proteção para cânceres de fígado e endométrio. Resultados foram detalhados em coletiva de imprensa no INCA Luis Felipe Ribeiro Pinto, vice-diretor do INCA e representante do Brasil na Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, na sigla em inglês) da Organização Mundial da Saúde (OMS), analisou os resultados apresentados pela Iarc, em coletiva de imprensa no Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) na tarde de quarta-feira, 15 de junho. Após analisarem mais de 1 mil estudos em diversos países, o grupo de trabalho da Iarc, integrado por 23 pesquisadores de dez países, classificou o café no grupo 3 (sem evidência de ser carcinogênico para humanos). Na última avaliação, em 1991, o café estava classificado no grupo 2B (possivelmente carcinogênico para humanos). O Iarc classificou a erva mate (Ilex Paraguaryense) do grupo 2A (provavelmente carcinogênico para humanos). A classificação varia de: 1 (carcinogênico para humanos), 2A, 2B, 3 e 4 (não carcinogênico). No entanto, na avaliação atual, o Iarc classificou no grupo 2A, como provavelmente carcinogênico para o câncer de esôfago, a ingestão de qualquer bebida a temperaturas acima 65 graus centígrados, seja café, chá, bebidas derivadas da erva mate ou mesmo água). A classificação serve como advertência principalmente para os consumidores de chimarrão, que frequentemente ingerem a bebida em temperaturas acima do limite de 65º C. O consumidor, em geral, não toma café e chá acima da temperatura limite, porque sente a sensação de queimação na boca. No caso do chimarrão, a ingestão é feita por meio de um canudo que lança a bebida no esôfago, onde não há terminações nervosas e o calor não é detectado. A bebida em alta temperatura provoca lesões no esôfago, que podem evoluir para tumores. “Os nossos amigos gaúchos podem continuar a beber o seu chimarrão tranquilamente, mas devem atentar para a temperatura. Se consumido abaixo de 60 graus, que ainda é uma temperatura muito elevada, o chimarrão não representa risco para câncer,” afirma Luis Felipe. “A recomendação é que o consumidor espere alguns minutos antes de beber. Uma forma prática é medir com um termômetro quantos minutos são necessário para temperatura cair para o limite adequado, e passar a obedecer esse tempo de espera.” Para os amantes do café, a conclusão dos pesquisadores da Iarc não poderia ter sido melhor. Além de descer um nível na classificação de risco, os especialistas concluíram que há evidência científica para afirmar que o café não apresenta risco para os cânceres de mama e próstata – no Brasil, os mais frequentes entre as mulheres e homens – e pâncreas, que é um câncer extremamente agressivo. “Os estudos evidenciaram também que o consumo de café protege contra o desenvolvimento de tumores no fígado e endométrio. Enfim, o café passou de ano sem recuperação!”, afirma Luis Felipe

Estudo mundial aponta ainda que café é fator de proteção para cânceres de fígado e endométrio. Resultados foram detalhados em coletiva de imprensa no INCA
Luis Felipe Ribeiro Pinto, vice-diretor do INCA e representante do Brasil na Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, na sigla em inglês) da Organização Mundial da Saúde (OMS), analisou os resultados apresentados pela Iarc, em coletiva de imprensa no Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) na tarde de quarta-feira, 15 de junho.
Após analisarem mais de 1 mil estudos em diversos países, o grupo de trabalho da Iarc, integrado por 23 pesquisadores de dez países, classificou o café no grupo 3 (sem evidência de ser carcinogênico para humanos). Na última avaliação, em 1991, o café estava classificado no grupo 2B (possivelmente carcinogênico para humanos). O Iarc classificou a erva mate (Ilex Paraguaryense) do grupo 2A (provavelmente carcinogênico para humanos). A classificação varia de: 1 (carcinogênico para humanos), 2A, 2B, 3 e 4 (não carcinogênico).
No entanto, na avaliação atual, o Iarc classificou no grupo 2A, como provavelmente carcinogênico para o câncer de esôfago, a ingestão de qualquer bebida a temperaturas acima 65 graus centígrados, seja café, chá, bebidas derivadas da erva mate ou mesmo água). A classificação serve como advertência principalmente para os consumidores de chimarrão, que frequentemente ingerem a bebida em temperaturas acima do limite de 65º C.
O consumidor, em geral, não toma café e chá acima da temperatura limite, porque sente a sensação de queimação na boca. No caso do chimarrão, a ingestão é feita por meio de um canudo que lança a bebida no esôfago, onde não há terminações nervosas e o calor não é detectado. A bebida em alta temperatura provoca lesões no esôfago, que podem evoluir para tumores.
Os nossos amigos gaúchos podem continuar a beber o seu chimarrão tranquilamente, mas devem atentar para a temperatura. Se consumido abaixo de 60 graus, que ainda é uma temperatura muito elevada, o chimarrão não representa risco para câncer,” afirma Luis Felipe. “A recomendação é que o consumidor espere alguns minutos antes de beber. Uma forma prática é medir com um termômetro quantos minutos são necessário para temperatura cair para o limite adequado, e passar a obedecer esse tempo de espera.”
Para os amantes do café, a conclusão dos pesquisadores da Iarc não poderia ter sido melhor. Além de descer um nível na classificação de risco, os especialistas concluíram que há evidência científica para afirmar que o café não apresenta risco para os cânceres de mama e próstata – no Brasil, os mais frequentes entre as mulheres e homens – e pâncreas, que é um câncer extremamente agressivo.
Os estudos evidenciaram também que o consumo de café protege contra o desenvolvimento de tumores no fígado e endométrio. Enfim, o café passou de ano sem recuperação!”, afirma Luis Felipe

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