Por Tatiana Leite
O
desejo é universal, mas a pornografia é majoritariamente masculina.
Certo? Então, mais ou menos. Por muito tempo, esse pensamento podia ser
considerado como dominante. Contudo, uma recente pesquisa realizada
pelos sites Pornhub e Redtube, apresentou um dado bem
interessante, que retrata o quanto essa realidade está mudando. Segundo o
relatório, as mulheres brasileiras estão no topo da lista de consumo
feminino, representando 35% do público de pornografia no Brasil. Mas, se
por um lado, esse acesso foi facilitado graças à privacidade que
adquirimos com o uso da internet, por outro, ainda há inúmeros estigmas
negativos a respeito do uso desse material como recurso erótico pelas
mulheres.
Mesmo
estando em tempos modernos, tanto a pornografia quanto o erotismo
transitam em um terreno cheio de contradições. Não é à toa que é tão
comum observarmos mulheres lutando para romper as barreiras negativas
associadas ao uso da pornografia para o prazer sexual. A sexualidade
feminina ainda é um tabu e, por isso mesmo, quanto mais falarmos sobre o
assunto, mais vamos quebrar preconceitos, muitas vezes derivados de uma
educação mais rígida ou tradicional.
Nesse
sentido, devemos começar a pensar na pornografia como parte importante
da sexualidade feminina e não como algo obscuro. A pesquisa já citada
demonstra o quanto esse público tem interesse no consumo de conteúdos
eróticos, mas, para esse fenômeno ser ainda mais relevante, esse mercado
precisa passar uma verdadeira revolução. Afinal, não é novidade que a
maioria das mulheres não se identifica com os filmes tradicionais.
Em
produções estrangeiras, não é raro encontrar conteúdos que tem como
prioridade o prazer da mulher. Esse estilo de pornografia tem produções
elegantes, mulheres protagonistas, tramas complexas, trilha sonora,
fotografia e cenas de sexo explicito dentro de um contexto bem feminino.
O objetivo é mostrar as mulheres sentido prazer sexual.
Mesmo
a estimulação visual sendo um fator muito importante, a pornografia
voltada para o público feminino não deve se basear apenas nesse ponto,
estímulos auditivos e cognitivos, como uma boa trilha sonora e a
natureza exótica das histórias fazem toda a diferença. Todos esses
elementos são eficazes para excitação sexual, porque nos permitem soltar
a imaginação.
Sem
dúvida, o crescimento do consumo da literatura erótica através de
filmes e livros, por exemplo, é um grande passo para viver a sexualidade
e sentir-se à vontade com o seu próprio prazer. Cada mulher se excita
com coisas diferentes, por isso, o uso desses recursos é essencial para
melhor conhecer o seu corpo, desvendar seus gostos e preferências no
sexo. Assim, você poderá colocar seus limites, dizer não ao que não lhe
agrada e pedir o que quer ao seu parceiro, ingredientes esses que,
associados às suas fantasias eróticas, podem contribuir para que você
desfrute com ainda mais prazer sua relação.
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