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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Gilmar Mendes assume liderança do combate feroz à Lava Jato

Gilmar Mendes assume liderança do combate feroz à Lava Jato

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Luiz Flávio Gomes, Professor de Direito do Ensino Superior
Publicado por Luiz Flávio Gomes
há 40 minutos
84 visualizações
Lava Jato contra os interesses das elites dirigentes cleptocratas do país (econômicas, financeiras e políticas), que desfrutaram de 512 anos de impunidade: guerra de titãs. De que lado, caro leitor, você está?
Gilmar Mendes assume liderana do combate feroz Lava Jato
Enquanto a Lava Jato e seus vazamentos derretiam as escabrosas estruturas corruptas do lulopetismo, Gilmar Mendes era só elogios (ver Maria Cristina Fernandes, Valor Econômico 25/8/16). Vejamos:
  • Na condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fez uma piada – “Antes batiam à nossa porta e a gente sabia que era o leiteiro, não a polícia” – antes de sair em defesa da ação: “Não tenho elementos para avaliar a decisão do juiz Sergio Moro, mas certamente ele deve ter tomado todas as cautelas”. Foi dele a liminar, depois confirmada pela Corte, que sustou a ida do ex-presidente para a Casa Civil”.
  • Na posse como presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro foi além: “As competentes investigações em curso na operação Lava-Jato comprovam, de forma cabal, que o Brasil leniente e apático ficou para trás”. Um mês depois, em debate em São Paulo, Mendes sairia em defesa da delação premiada: “A delação tem dado bons resultados. É inegável que não teríamos acesso a tantas informações nesse caso [petrolão] sem o instituto”.
  • No passado, em crises dessa dimensão, começava a se falar em nome de generais. No momento, não conhecemos nomes de generais, mas de juízes”.
Desde que o novo grupo de poder (PMDB e PSDB) assumiu o comando da nação, deu-se o hiperempoderamento de Gilmar Mendes para assumir a liderança da tropa no combate à Lava Jato.
Nitidamente Gilmar Mendes e todos os seus asseclas jurídicos e midiáticos (que apoiavam a Lava Jato) mudaram de banda. Para o novo bloco de poder a Lava Jato já não interessa. O refrão aético é o seguinte: “Dilma já caiu. Se punir o Lula já está de bom tamanho. Pode parar por aí”. Parar no Lula, na verdade, é uma vergonha, porque todos os corruptos devem ser punidos.
Cada um deve ser punido de acordo com as provas e sua culpabilidade. Mas todos os envolvidos (de todos os partidos) devem pagar pelas suas falcatruas, negociatas e enriquecimentos ilícitos. A Lava Jato tem que cumprir esse papel de investigação e punição “erga omnes” (contra todos). Ou se desmoraliza.
Os ataques ferozes de Gilmar Mendes (desde que jantou com Michel Temer no Jaburu logo após as gravações de Sérgio Machado e desde que ofereceu jantar em sua casa para a cúpula do atual governo) se avolumam diariamente:
(1) não só condenou a Lei da Ficha Limpa que proíbe fichas sujas de participarem de eleições como afirmou que ela é “coisa de bêbados”;
(2) aproveitou a aberrante capa de uma revista semanal para atacar Janot e os demais procuradores (de vazamento de informação);
(3) criticou as medidas anticorrupção que estão da Câmara e afirmou que as propostas de Moro e Dallagnol, dentre outros, são propostas de “cretinos”;
(4) acusou os juízes brasileiros de praticarem “pequenos assaltos” (em seus vencimentos mensais);
(5) fez Renan desengavetar o projeto de lei que regula o “Abuso de Autoridade” (com os ajustes devidos, é um projeto necessário, mas neste momento está vindo como ameaça);
(6) disparou um mensageiro do TSE para falar desse projeto na Fiesp;
(7) criticou os procuradores afirmando que “Esses falsos heróis vão encher o cemitério”;
(8) pediu a abertura de processo para cassar o registro (só) do PT (como se a propina saída da Petrobras não tivesse ido para PT, PMDB e PP);
(9) demorou mais de um ano para devolver seu voto-vista no caso do financiamento empresarial de campanha e disse que esse tema [aberrante] deve voltar a ser discutido após as eleições de 2016;
(10) tudo isso está acontecendo justamente quando a PF encontrou novas provas no caso Castelo de Areia (que cuida de propinas da Camargo Correia para o PMDB, PSDB e outros partidos, envolvendo diretamente o presidente Temer);
(11) a PF, ademais, acaba de prender um dirigente do PSDB de Goiás;
(12) suas críticas aos “vazamentos” acontecem, de outro lado, quando já se sabe que Serra recebeu R$ 23 milhões em caixa dois da Odebrecht, o PMDB mais de R$ 10 milhões, Skaf R$ 6 milhões etc.
A tropa dedicada à destruição da Lava Jato está copiando os mesmos procedimentos que a elite dirigente da Itália adotou (depois de 1994, sob a liderança de Berlusconi) para desmantelar a Operação Mãos Limpas: os juízes e procuradores foram terrivelmente atacados (e perderam, com isso, o apoio popular).
Nessa mesma linha vem vindo uma “lei de anistia” (tudo igual à Itália). Assim como recuos de delatores (como é o caso de José Sobrinho, da Engevix, que tinha delatado o pagamento de R$ 1 milhão para Temer e recuou).
Desmoronar as instituições, aprovar leis de anistia e eliminar provas incriminatórias são táticas muito conhecidas na velha cleptocracia brasileira. Vamos acompanhar cada batalha dessa guerra de titãs.
E que a Lava Jato, dentro da lei, não perca sua força diante dos partidos políticos, que são, na verdade, “facções”. Vamos prestar atenção no alerta de Joaquim Barbosa: “O grupo que tomou o poder o fez para se proteger e continuar roubando”. 
Fonte JusBrasil

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