Doenças
como artrite, artrose e osteoporose podem ter seus sintomas e efeitos
colaterais dos tratamentos abrandados com a reposição da Vitamina D
ILUSTRAÇÃO; Artrite reumatóide, inflamação das articulações |
Belo
Horizonte, setembro de 2016 - As
doenças reumáticas, ao contrário do senso comum, não apresentam
como sintomas apenas dores ósseas ou nas articulações, mas,
também, em outros órgãos, como rins, olhos, pulmões e pele.
Porém, a suplementação da Vitamina D tem ajudado bastantes pessoas
que sofrem com essas enfermidades.
Doenças
reumáticas autoimune como a artrite, artrose e osteoporose ocorrem
quando o sistema imunológico do corpo ataca seus próprios tecidos,
particularmente as articulações. Pelo fato da vitamina D ser
conhecida por desempenhar um papel importante na regulação do
sistema imunológico e ter sido especificamente associada à
ocorrência de outras doenças do mesmo tipo, muitos pesquisadores há
muito tempo suspeitavam que a sua deficiência poderia aumentar o
risco de problemas nos ossos.
A
confirmação desta associação veio em 2010, em um estudo publicado
na revista Environmental Health Perspectives que analisou o efeito de
fatores ambientais sobre o risco de artrite reumatoide. Pelo fato do
corpo produzir vitamina D pela exposição à luz solar, as taxas de
deficiência são significativamente mais elevadas em latitudes mais
distante do Equador, particularmente entre as pessoas com pele mais
escura ou que cobrem regularmente a sua pele com roupas ou protetor
solar.
ILUSTRAÇÃO: Gráfico de alimentos ricos em vitamina D, o sol é o principal, 15 m diários |
De
acordo com a diretora da Associação Nacional de Farmacêuticos
Magistrais (Anfarmag – Regional Minas Gerais) e
farmacêutica,
Janete Grippa, com o envelhecimento nossas células vão perdendo a
capacidade de se regenerar e nosso sistema imunológico também pode
não funcionar bem, reagindo de maneira inadequada e nos
deixando
mais susceptíveis a determinadas doenças. “Além disso, na faixa
dos 40 anos, existe o aumento do sedentarismo, as articulações
tendem a ser mais acometidas, pois o exercício
físico é fundamental para lubrificar as articulações e manter
todo o equilíbrio do organismo”.
Segundo
a farmacêutica, a má alimentação também compromete a saúde dos
ossos. “ A
falta
de prática esportiva e
os maus hábitos alimentares, com quantidades insuficientes de
cálcio, proteínas e outros nutrientes essenciais para saúde dos
ossos, pode
resultar em osteoporose.
Também
a falta de tempo para se expor ao sol diariamente, tem levado a
maioria dos brasileiros a deficiência de vitamina D, fundamental
para saúde dos ossos”, explica.
Muitos
pacientes com artrite reumatoide possuem maior probabilidade de ter
doenças cardiovasculares devido a inflamação crônica causada pela
doença autoimune. Ao diminuir a inflamação e protegendo o coração,
a suplementação de vitamina D estende significativamente a
expectativa de vida de pacientes com artrite reumatoide.
Um
estudo publicado no Archives of Internal Medicine em 2008, descobriu
que as pessoas com deficiência grave de vitamina D tiveram duas
vezes mais chances de morrerem que aqueles com níveis suficientes,
particularmente de doenças cardiovasculares.
Pacientes
com artrite reumatoide também são conhecidos por terem um risco
maior de desenvolverem osteoporose, um problema que é ainda pior
pelo fato de que muitos dos esteroides usados para tratar a artrite
reumatoide também podem promover a perda óssea. Aumentando a
absorção de cálcio no organismo, níveis mais elevados de vitamina
D também podem proteger contra esse efeito.
Pelo
fato de muitos remédios para osteoporose não funcionarem bem em
indivíduos com deficiência de vitamina D, é especialmente
essencial que as pessoas que fazem esses tipos de tratamentos
monitorem seus níveis da substância. Janete Grippa ressalta “a
suplementação pode auxiliar muito pessoas que possuem defasagem de
nutrientes, porém cada caso é um caso e o paciente deve perguntar
ao médico se há necessidade da reposição. É importante também
que a pessoa faça consultas regularmente a um especialista para
acompanhamento do estado clínico”.
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