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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Regiões Sul e Sudeste ganham locais inéditos para o tratamento do refluxo

Nos Centros de Refluxo pacientes podem realizar desde o diagnóstico até o tratamento dessa doença que atinge cerca de 20% da população brasileira

As regiões Sul e Sudeste do Brasil acabam de ganhar locais inéditos onde será possível realizar desde consultas até o diagnóstico e o tratamento do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), doença que atinge cerca de 20% da população. Os Centros de Refluxo estão funcionando em Porto Alegre, Belo Horizonte e Ponta Grossa, anexados ao Instituto do Aparelho Digestivo – IAD, no CEMAD e na Clínica Inovare, respectivamente. 

“Nos Centros de Refluxo, os pacientes podem contar com especialistas para a realização de diagnósticos e tratamentos, os exames mais importantes para a detecção da doença, como a endoscopia, a manometria, a PHmetria, e também cirurgiões para as realização de procedimentos, entre eles uma técnica que chegou recentemente ao Brasil, a Terapia por Estimulação Elétrica do Esfíncter Esofágico Inferior – Endostim”, conta o gastroenterologista, fundador e coordenador do Centro de Motilidade do Aparelho Digestivo (CEMAD) e membro da Federação Brasileira de Gastroenterologia, Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Sociedade Brasileira de Cirurgia Vídeo-Endoscópica, Dr. Maurício Bravim.

De acordo com Bravim, o procedimento com o dispositivo Endostim, o qual poderá beneficiar muitos brasileiros, está presente em países da Ásia, Europa e América Latina e já foi realizado em mais de 500 pacientes. “Ele funciona com um marcapasso cardíaco, estimulando eletricamente o esfíncter, responsável por evitar que os alimentos voltem do estômago para o esôfago o que na doença do refluxo funciona de forma ineficiente. Pesquisas de quatro anos comprovam que 90% dos pacientes que passaram pelo procedimento não precisam mais de medicamentos de uso crônico”, explica.

“Além desse procedimento, os pacientes poderão contar com especialistas na cirurgia de fundoplicatura, a qual busca reconstruir a anatomia do esôfago e do estômago por meio de laparoscopia”, comenta a médica especialista em Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva e professora assistente do curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa  - UEPG, Caroline Saad Vargas.

“O refluxo é uma doença bastante recorrente, como comprovam os dados. Por isso vimos a necessidade de oferecer aos pacientes, em um só local, o diagnóstico e tratamento. Dessa forma, com os profissionais atuando em conjunto, é possível acompanhar o processo do início ao fim, além de ser uma comodidade e quem busca alívio para a doença”, ressalta o Prof. Dr. Richard Gurski, Doutor em Doenças Esôfago-Gástricas, Professor de Cirurgia da UFRGS

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