A
AMB conta como uma comissão de Combate ao Tabagismo desde 1979 tendo,
inclusive, formulado o primeiro Programa Nacional contra o Fumo, modelo
para o Ministério da Saúde, em 1985.
A
Associação Médica Brasileira, em 1979, criou a sua Comissão de Combate
ao Tabagismo, inicialmente, com caráter especial e depois, em 1986, como
permanente.
A atuação da AMB
sempre se destacou na luta contra o tabaco, tomando a iniciativa em
formular o primeiro Programa Nacional contra o Fumo, modelo para o
Ministério da Saúde, em 1985, estruturar o seu programa. No período
anterior a 1985, a AMB ocupou o espaço deixado pelo Governo Brasileiro,
tendo uma atuação junto aos médicos e à população em geral, fornecendo
inúmeras informações sobre os malefícios à saúde causados pelo tabaco.
Dr. Antonio Pedro Mirra (SP), Coordenador
da Comissão de Combate ao Tabagismo da AMB, avalia que há um cenário
mais positivo hoje. A prevalência de fumantes decresceu de 34,8% em 1989
para 10,4% em 2015, ou seja, uma queda de mais de 70%.
De 2008 a 2015, conforme a
Pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco para Doenças Crônicas
por Inquérito Telefônico) realizada em todas as capitais brasileiras, de
modo geral houve um decréscimo da prevalência de fumantes no Brasil de
cerca de 34%, sendo nas mulheres com idade de 18 a 24 anos a maior queda
(59%).
Um
dos motivos da diminuição percentual dos fumantes sobre a população,
segundo o Dr. Mirra, é o Programa Nacional de Controle do Tabagismo do
Brasil, considerado o mais efetivo da América Latina. Aliado a isto a
constante atuação dos órgãos federais e organizações não governamentais,
como a AMB, têm favorecido essa melhora.
A
"Habilitação em Tabagismo" ou a "Área de Atuação em Tabagismo",
advogadas pela AMB e algumas sociedades especializadas, contemplariam a
capacitação de um maior número de profissionais para a prevenção e
tratamento do tabagismo, o que é desejável.
Apesar de
dados mais otimistas, ainda há necessidade de atuação para diminuir o
número de fumantes, pois a mortalidade anual é de 130.000 óbitos, de
cada 100 pacientes que desenvolvem câncer, 30 são fumantes (INCA), como
90% de casos de câncer de pulmão são causados pelo tabaco.
31/05/2017 Dia Mundial sem Tabaco:
A Comissão
de Combate ao Tabagismo acompanha o tema definido pela OMS, "Tabagismo -
uma ameaça para o desenvolvimento", para os debates em conjunto com
outras entidades e divulgação.
Além dos
malefícios à saúde pelo tabaco há também riscos sócio-econômicos, a
perda de produtividade, retenção maior no leito, mortes mais precoces,
invalidez, acidentes no trabalho, maior ausência em seus empregos (na
faixa etária de maior produtividade), e desvio de renda para as
necessidades básicas para atender o uso do cigarro.
Os custos
estimados para o atendimento às doenças atribuídas ao fumo foram de R$
23,37 bilhões (Márcia Pinto), em 2015, correspondendo ao triplo da
arrecadação dos impostos incidentes.
Devemos
considerar também o mercado ilegal de cigarros (contrabando), com menor
arrecadação de impostos e os incêndios (30%) nas matas e domicílios
causados por cigarros acessos jogados no meio ambiente.
O que é importante as pessoas saberem sobre o tabagismo.
O
importante para as pessoas saberem sobre tabagismo é o recebimento de
informações sobre os malefícios do fumo à saúde e as possibilidades de
sua prevenção e tratamento.
Os
malefícios do tabaco atingem todos os tecidos e órgãos do corpo humano.
Até hoje foram identificadas 4720 substâncias em 15 funções químicas na
fumaça do cigarro, das quais mais de 60 apresentam atividade
cancerígena.
O tabaco é
um fator de risco (causal) de mais de 50 doenças, atingindo os
aparelhos respiratório, cardio-vascular, digestivo, gênito-urinário,
neoplasias malignas, riscos na gravidez e para o feto e queda de defesas
imunitárias.
Relativo
à prevenção destaca-se o tabagismo passivo, que é uma exposição
involuntária ao tabaco ou à poluição ambiental. Essa poluição ocorre nos
domicílios, nos ambientes de trabalho, de lazer, escolas, transportes
coletivos e individuais e demais espaços públicos fechados. Como as
pessoas passam mais de 80% do seu tempo nesses recintos, estima-se que
dois terços dos não fumantes tornam-se fumantes passivos, com destaque
para as crianças.
O tabagismo passivo é considerado a 3ª causa de morte evitável no mundo
O
tabagismo passivo é considerado a 3ª causa de morte evitável no mundo,
após o tabagismo ativo e o alcoolismo. Além da exposição de crianças à
fumaça, fetos também são atingidos na vida intrauterina, quando a mulher
grávida é fumante.
No Brasil
as estimativas indicam 9 a 12 milhões de crianças menores de 5 anos são
expostas a essa poluição ambiental, das quais 43% vivem em domicílios
com pelo menos um fumante.
Daí a
importância principalmente da restrição de fumar em locais públicos
fechados e ambientes de trabalho, criando ambientes 100% livres do
tabaco e estimulantes para o abandono do tabaco.
Tratamento mais eficaz para as pessoas que desejam parar de fumar e têm alguma dificuldade
É importante o oferecimento de programas às pessoas que desejam deixar de fumar.
O
tratamento mais eficaz deve ser oferecido pelos Centros de Referência
para Tratamento, que conta com uma equipe multiprofissional ,devidamente
capacitada. O tratamento será estabelecido em função do grau de
dependência à nicotina. Ele pode ser feito por aconselhamento mínimo
oferecido nas consultas ou por abordagem intensiva, individual ou em
grupo. O tratamento farmacológico disponível é efetivo.
Havendo
preferência por um profissional médico individualmente é importante
identificar que foi devidamente capacitado parra esse mister. As
especialidades principalmente capacitadas são: pneumologia, cardiologia,
psiquiatria, oncologia, clínica médica e pediatria.
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