Estudo revela o uso da medicina complementar na Europa
Um estudo
extensivo traçou o uso da medicina complementar e alternativa na Europa
e descobriu que essa prática está sendo usada para vários problemas de
saúde, particularmente em situações onde a ajuda fornecida pelo
medicamento convencional é considerada inadequada pelo paciente.
Dores
de cabeça, dor nas costas e outras condições vexantes fizeram as
pessoas recorrerem às formas complementares/alternativas de tratamento. O
estudo revelou que as mulheres e aqueles com ensino superior usam a
medicina complementar e alternativa mais frequentemente do que as outras
pessoas.
Os
dados da pesquisa foram coletados em mais de 20 países, com
aproximadamente 40.000 entrevistados participantes de um estudo
realizado em cooperação entre as universidades finlandesas de Helsinque,
Tampere e Turku. Foram examinados quatro tipos de tratamento:
tratamentos asiáticos tradicionais (medicina chinesa, acupuntura,
acupressão), medicamentos alternativos (homeopatia, ervas medicinais),
terapias manuais (massagem, quiropraxia, osteopatia, reflexologia) e
terapias mentais e corporais (hipnose e cura espiritual).
Tratamentos usados por um em cada quatro
De
acordo com os achados, um em cada quatro sujeitos na população estudada
usou tratamentos complementares e alternativos no ano passado. As
formas mais utilizadas de tratamento foram:
massagem (12%),
homeopatia
(6%),
osteopatia (5%)
remédios de ervas
(5%).
A maioria dos indivíduos
tinha experimentado apenas uma forma de tratamento.
Os
pesquisadores também descobriram que a medicina alternativa foi usada
principalmente de forma complementar ou em conjunto com a medicina
convencional. Isso deve ser mantido em mente tanto no atendimento
prático ao paciente, quanto no discurso público, onde esses tratamentos
são frequentemente abordados como uma alternativa à medicina
convencional, defendem os autores do estudo.
Diferenças substanciais entre países em uso de tratamento
“A
prevalência de tratamentos variou muito entre os países do estudo. Na
Alemanha, quase 40% da população estudada usava formas de tratamento
complementares e alternativas, enquanto que na Hungria a proporção
correspondente era de 10%. Na Finlândia e na Estônia, 35% dos
entrevistados usavam essas formas de tratamento. As diferenças são
explicadas em parte pelo fato de que, em alguns países, esses
tratamentos são cobertos por planos de saúde e em outros há treinamento
de especialistas em terapias complementares”, afirma o pediatra e
homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).
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