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sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Força-tarefa confirma exploração de trabalhadores em garimpo no AP

Informe do Ministério do Trabalho via assessoria 

TRABALHO ESCRAVO – URGENTE

Auditoria do Ministério do Trabalho localizou 16 trabalhadores em situação análoga à de escravo; Ronaldo Nogueira reitera: “Combate ao trabalho escravo é uma política pública permanente que continuará recebendo toda a atenção do Ministério do Trabalho”

Os detalhes da operação Minamata, que investiga a exploração de trabalhadores no garimpo do Lourenço, no Amapá, foram explicitados numa coletiva à imprensa nesta sexta-feira (1º), na sede da Policia Federal em Macapá.
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As investigações começaram após uma ação realizada pelo Ministério do Trabalho em 2015, quando foram identificados vários trabalhadores em situação de trabalho degrandante, explorados por uma cooperativa fraudulenta e por donos de garimpos. Depois da ação de auditoria do Ministério, foi criada uma força-tarefa com a participação de vários órgãos, e deflagrada uma investigação pela Polícia Federal sobre a exploração e comercialização ilegal de ouro, que culminou em 11 mandados de prisão, apreensão de documentos e interdição de áreas irregulares.

“Identificamos, em duas ações realizadas, graves problemas trabalhistas, de degradação e de segurança e saúde, inclusive com a constatação de morte de trabalhadores nas frentes de trabalho nos últimos anos no local. Encontramos uma cooperativas fraudulenta que lucra com a exploração dos trabalhadores cooperados”, explicou a auditora-fiscal do Trabalho Jamile Freitas durante a coletiva.

A auditoria localizou nas frentes fiscalizadas 16 trabalhadores em situação análoga à de escravo, que extraíam ouro no Lourenço e eram obrigados a repassar parte dos seus lucros à cooperativa e aos donos da lavra.

O Ministério notificará a cooperativa sobre as irregularidades encontradas e identificará os empregadores, para poder indenizar os trabalhadores resgatados pelo Grupo Móvel.

Participaram da força-tarefa o Ministério do Trabalho, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Ministério Público federal (MPF), a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal.

“Quero que os trabalhadores tenham a certeza de que o combate ao trabalho escravo é uma política pública permanente que continuará recebendo toda a atenção deste Ministério”, afirmou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira..

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