Os profissionais da GSK, nos responderam essas perguntas com o intuito de discutir e aprofundar o que se faz sobre o tratamento de Lúpus e as mães e os filhos.
1.A gestação é normal, desde que tenha, o pré-natal e cuidados adicionais?
Mulheres com Lúpus só podem engravidar se a doença estiver bem controlada, ou seja, sem atividade da doença ou com a minima atividade. Geralmente, quando a mulher com Lúpus engravida sem estar com a doença controlada, a chance de haver piora da atividade é muito grande e frequente, colocando em risco a vida tanto da própria mãe como a do bebê. Uma mulher com Lúpus sempre terá uma gravidez de alto risco, por isso o pré-natal deve ser realizado em conjunto com o Obstetra e o Reumatologista.
2.Isso faria com que o feto se desenvolvesse sem problemas de lúpus ou outra doença?
Aqui temos duas questões diferentes. Bebês de mães que tenham Lúpus podem desenvolver uma situação clínica chamada de Lúpus neonatal, que se caracteriza pela ação dos anticorpos da mãe atacando o feto. Há uma estreita relação com um anticorpo chamado anti-Ro. Se ele estiver presente o risco para o feto é maior para desenvolver esta condição, podendo ocorrer problemas cardíacos e outros. Com relação ao desenvolvimento de outras doenças, só pelo fato da mãe ter Lúpus não significa que o feto possa desenvolver outras situações adversas. O único risco, sempre prevalente, é de infecções, pois uma mãe com Lúpus que esteja imunossuprimida não passará seus anticorpos benéficos para o filho, deixando-o mais exposto aos agentes infecciosos.
3.Ocorre muito de a mãe transmitir ou menos do que se imagina devido ao tratamento, sem ele, o risco aumenta?
A mãe não transmite o Lúpus para o feto pois não se trata de uma doença transmissível. No caso particular, de mulheres com a doença em atividade, o feto pode sofrer com a presença de alguns anticorpos, como dito anteriormente, e isso pode causar danos ao feto, mas ele não desenvolverá necessarimanete a doença como visto no adulto. Sabe-se que filhos de pais que tenham doenças autoimunes, como o Lúpus, tem um risco maior de desenvolver a doença no futuro, por questões genéticas.
4.Nos primeiros meses a criança pode ser tratada para não desenvolver como a mãe a doença?
O Lúpus não é uma doença contigiosa para ser prevenível. Trata-se de uma doença autoimune, onde anticorpos do próprio organismo são formados, por uma conjunto de fatores, e atacam os tecidos do organismo da própria pessoa, não sendo transmitidos de uma nenhuma forma para outra pessoa. No caso específico do Lúpus neonatal, a mãe pode passar, através do cordão umbilical, anticorpos nocivos para o bebê, sendo o mais comum o anti-Ro, e este gera danos ao bebê. Porem, o bebê não passa a ter ele mesmo o Lúpus. Ele ficará apenas com as sequelas da ação dos anticorpos da mãe, podendo até desenvolver o Lúpus um dia.
5.Ainda não tem cura definitiva, apenas tratamentos, dentro desde prognóstico há tratamento para engravidar e ter a gravidez e parto normal, natural e com a criança preservada, também, ou é algo genético, pois estudos afirmam que as crianças nascem sem doença alguma, quanto bem gestadas?
A doença não tem cura pois quem a desenvolve é por uma condição relacionada ao seu próprio organismo, a sua genética. Não há tratamento para engravidar e sim, tratamento para controlar a atividade da doença. A partir do momento que esta fica controlada, a chance de uma gravidez sem complicações é maior. Lembrando que mesmo que a mulher não esteja em atividade da doença quando engravida, ela pode ter reativação somente pelo fato de engravidar, por isso a gravidez de uma mulher com Lúpus sempre será de risco. O tipo de parto dependerá da evolução da gravidez como qualquer outra em mulheres saudáveis.
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