Ontem no Jornal de Globo a reportagem sobre o frio mostrou o Páteo do Colégio onde historiadores afirmam que foi fundado a cidade de São Paulo pelo Pe. Anchieta e Manoel da Nóbrega. Estava repleto de mendigos que dormiam sob intenso frio, envoltos em cobertores ou em caixas de papelão.
O retrato tão dantesco e horripilante da miséria humana e da crise pré-fabricada brasileira que há muitos anos em vídeo e texto, se denuncia em Belo Horizonte. O aumento de mendigos, moradores de rua sistemáticos, está causando verdadeira complexidade nas metrópoles brasileiras, se São Paulo, a quarta capital do mundo, está dessa maneira outras metrópolis devem estar mais complexidas ainda.
O poder público afirma que existem albergues e quando se questiona estes albergues que no caso de São Paulo, segundo reportagem, não acolhe a todos os moradores de rua em situação de flagelo. Muitos morrem de frio.
O pior é que em Belo Horizonte muitos não querem ir para os abrigos e alegam que lá encontram travestis, ladrões, estupradores, drogados e a violência corre a solta sem que ninguém interceda. Já conversei um uns pares de moradores de rua e a reclamação é a mesma. Seria como uma prisão onde se mistura a todos com todos, inocentes com culpados, assassindos com ladrões, menores com maiores. Outra questão, essa de organização é a hora de entrar que é de 19 horas, se sentem presos por não poder sair e regrassar, somente sair pela manhã cerca de 6 horas.
é preciso que autoridades municipais e de Polícia controle esse fluxo com remanejamento para as cidades origem. Há muitos trabalhadores que se perderam na cidade "grande", muitos que querem um oportunidade real de trabalho e aqueles que querem voltar para sua casa, para o seio familiar e quem sabe melhor organizado voltar para tentar a sorte na cidade. Mas, para isso acontecer, é preciso mais do que Assistência Social, a assistente social não consegue vencer a barreira do fracasso e a angústia da derrota, preciso de muito mais.
A negligencia joga contra a sociedade e contra o estado como um todo. Muitos homens e mulheres honestos ingressam no mundo do crime insuflado por outros e pela necessidade premente. Além de asustar e mudar a rotina de moradores que começam a se sentir presos em casa em verdadeiro Estado de Sítio.
Doenças
Não se pode esquecer ainda que mesmo que haja teoria que as pessoas na intempérie criam anticorpos e ficam mais resistentes. E, que cristãos ou espiritualistas ajudem com sopas quentes no inverno e outro tipo de alimentação. A vida promíscua é um dos maiores agentes para o aumento de doenças e a volta até mesmo de doenças já "erradicadas" como a tuberculose.
Poder ser fato isolado, mas há grande números de moradores de rua que os laudos de morte não são divulgados, sendo muito deles com pneumonia e até mesmo tuberculose.
Marcelo dos Santos - jornalista.
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| molador de rua em São Paulo dorme, criança |
O retrato tão dantesco e horripilante da miséria humana e da crise pré-fabricada brasileira que há muitos anos em vídeo e texto, se denuncia em Belo Horizonte. O aumento de mendigos, moradores de rua sistemáticos, está causando verdadeira complexidade nas metrópoles brasileiras, se São Paulo, a quarta capital do mundo, está dessa maneira outras metrópolis devem estar mais complexidas ainda.
O poder público afirma que existem albergues e quando se questiona estes albergues que no caso de São Paulo, segundo reportagem, não acolhe a todos os moradores de rua em situação de flagelo. Muitos morrem de frio.
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| Abrigo em Belo Horizonte, constestado por muitos |
O pior é que em Belo Horizonte muitos não querem ir para os abrigos e alegam que lá encontram travestis, ladrões, estupradores, drogados e a violência corre a solta sem que ninguém interceda. Já conversei um uns pares de moradores de rua e a reclamação é a mesma. Seria como uma prisão onde se mistura a todos com todos, inocentes com culpados, assassindos com ladrões, menores com maiores. Outra questão, essa de organização é a hora de entrar que é de 19 horas, se sentem presos por não poder sair e regrassar, somente sair pela manhã cerca de 6 horas.
é preciso que autoridades municipais e de Polícia controle esse fluxo com remanejamento para as cidades origem. Há muitos trabalhadores que se perderam na cidade "grande", muitos que querem um oportunidade real de trabalho e aqueles que querem voltar para sua casa, para o seio familiar e quem sabe melhor organizado voltar para tentar a sorte na cidade. Mas, para isso acontecer, é preciso mais do que Assistência Social, a assistente social não consegue vencer a barreira do fracasso e a angústia da derrota, preciso de muito mais.
A negligencia joga contra a sociedade e contra o estado como um todo. Muitos homens e mulheres honestos ingressam no mundo do crime insuflado por outros e pela necessidade premente. Além de asustar e mudar a rotina de moradores que começam a se sentir presos em casa em verdadeiro Estado de Sítio.
Doenças
Não se pode esquecer ainda que mesmo que haja teoria que as pessoas na intempérie criam anticorpos e ficam mais resistentes. E, que cristãos ou espiritualistas ajudem com sopas quentes no inverno e outro tipo de alimentação. A vida promíscua é um dos maiores agentes para o aumento de doenças e a volta até mesmo de doenças já "erradicadas" como a tuberculose.
Poder ser fato isolado, mas há grande números de moradores de rua que os laudos de morte não são divulgados, sendo muito deles com pneumonia e até mesmo tuberculose.
Marcelo dos Santos - jornalista.
