Com
o avanço tecnológico, aparelho é cada vez mais um importante aliado na
investigação de doenças cardiológicas e também na detecção precoce de
arritmias assintomáticas
Utilizado para
o monitoramento de eventos cardíacos anormais não identificáveis em
outros tipos de exames, como em um eletrocardiograma, nos últimos anos o
Holter tem apresentado imensa evolução tecnológica. Hoje, inerente à
função de investigação cardiológica, o aparelho pode detectar alguns
tipos de arritmias cardíacas assintomáticas e salvar vidas e evitar
sequelas. Visando a formação continuada de cardiologistas e
arritmologistas brasileiros, a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC)
realizará o II Curso de Holter, nos dias 1º e 2 de julho, em São Paulo,
quando debaterá sobre os avanços tecnológicos do aparelho, bem como sua
aplicabilidade correta e eficaz para os pacientes, além de diversos
temas de relevância em torno das arritmias cardíacas.
Há mais de 50
anos o Holter tem auxiliado cardiologistas e arritmologistas em exames
mais detalhados. Incialmente, com gravadores de fitas de rolo e em
sistema analógico, evoluiu para registros digitais, mais confiáveis e
precisos. Dispõe de mecanismos com os quais o paciente pode interferir
em seu monitoramento. “O paciente pode acionar no aparelho o Botão de
Eventos, durante a realização do exame, sempre que perceber algum
sintoma. Ao apertar este botão, o monitor fará uma marca na gravação e o
cardiologista localizará o momento exato de um evento cardíaco
específico, o que melhora a análise dos dados”, explica a cardiologista
Olga Souza, coordenadora de métodos não-Invasivos da SOBRAC.
O Holter é indicado para diagnosticar anomalias do ritmo cardíaco que aparecem e desaparecem sem aviso. Sendo essas alterações difíceis de serem identificadas, e dependendo do objetivo do médico que solicitou o exame, o paciente poderá usar o aparelho por até uma semana.
O Holter é indicado para diagnosticar anomalias do ritmo cardíaco que aparecem e desaparecem sem aviso. Sendo essas alterações difíceis de serem identificadas, e dependendo do objetivo do médico que solicitou o exame, o paciente poderá usar o aparelho por até uma semana.
Para o correto
funcionamento do aparelho e do monitoramento, algumas informações são
essenciais para o paciente, como ter cuidado para não molhar o
equipamento, não realizar exames de raio-x e não se aproximar de locais
de alta tensão. Fora isso, todas as outras atividades cotidianas devem
ser mantidas, até mesmo a atividade sexual. “Manter a rotina durante o
uso do Holter é essencial para o paciente e para o médico, pois
permitirá analisar e encontrar os fatores que motivaram as oscilações do
ritmo cardíaco”, pontua César Gruppi, arritmologista membro da SOBRAC.
Aparelho Holter, imagem ilustrativa |
O monitoramento com o Holter não oferece riscos, nem dor ao paciente. A partir dos resultados aferidos pelo médico, serão decididos a necessidade ou não de mais testes, a forma de tratamento mais adequado, como a prescrição de medicamentos antiarrítmicos, a indicação de ablação ou a colocação de dispositivos, como marca-passo ou desfibrilador implantável para restaurar o ritmo irregular do coração.
Tecnologia e Análises Cardíacas
Com
o avanço tecnológico do sistema, são cada vez mais precisos os detalhes
sobre a frequência e o ritmo cardíaco, permitindo detectar arritmias
cardíacas, que ocorreram no período da gravação, assim como melhorar a
avaliação de marca-passos e otimizar a sua programação.
Ao
contrário do eletrocardiograma, um teste mais rápido que verifica o
ritmo cardíaco e monitora o coração por cerca de 10 a 15 batimentos, o
Holter irá avaliar as irregularidades cardíacas por um período mais
longo, 100.000 batimentos em 24 horas, com chances de detectar eventos
cardíacos anormais até então não apresentados no eletrocardiograma.
Normalmente, o
Holter é solicitado para pacientes de risco, como diabéticos, obesos,
cardiopatas, idosos, hipertensos, em pessoas com apneia do sono, em
pacientes que sofreram infarto e que devem passar por uma avaliação
antes da alta hospitalar. Também quando o indivíduo percebe palpitações
ou taquicardias ou quando o médico suspeitar de outra doença
cardiológica, após síncopes ou determinada ação colateral de
medicamentos.
AVC Criptogênico
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