“O sucesso com congelamento de óvulos possibilita gravidez no futuro”
Com
as mudanças no comportamento social e cultural dos últimos anos, muitas
mulheres, principalmente as mais jovens, optam pela gravidez tardia e
isso faz crescer a procura pela preservação da fertilidade.
Segundo
o diretor da Clínica Dr. Joji Ueno, ginecologista com foco no
tratamento de mulheres inférteis “entre os fatores decisivos para que a
mulher pense em adiar o momento de se ter um filho estão a estabilidade
profissional, a espera por um relacionamento estável, o desejo por
segurança financeira, ou ainda, a incerteza sobre o desejo de ser mãe.
Entretanto, é importante alertar sobre as consequências desta escolha,
já que a idade pode afetar a capacidade de conceber”, afirma o médico.
Com
o passar dos anos, a reserva ovariana começa a diminuir. Aos 25 anos,
mais de 70% dos óvulos considerados férteis já foram descartados pelo
corpo. Aos 35, a mulher tem 80% mais chances de engravidar do que aos 40
anos. A partir daí as chances diminuem drasticamente, além do aumento
da possibilidade de embriões com defeitos, já que o relógio biológico
não acompanha as mudanças comportamentais.
Felizmente, a
medicina reprodutiva alcançou patamares bastante inovadores e é
possível engravidar com mais idade. Hoje, a prevenção de fertilidade
conta com técnicas avançadas como, por exemplo, a criopreservação de
sêmen, óvulos e embriões. A criopreservação de tecido ovariano é
possível, mas é considerado experimental. A técnica escolhida dependerá
da idade e do quadro clínico (uma paciente com câncer, por exemplo,
também pode fazer essa preservação).
O
médico ressalta que o congelamento de óvulos possui alto índice (30% ou
mais) de resultados positivos, quando a paciente for tentar engravidar
utilizando aqueles óvulos congelados no passado. “ O congelamento de
óvulos é um procedimento simples para os especialistas e muito
utilizando em todo o mundo de forma rotineira para aquelas mulheres que
querem postergar a fertilidade. Existem estudos estatísticos que diz a
sua possibilidade de ter um filho se congelar óvulos em determinada
idade e for tentar engravidar em 3, 5 ou 7 anos. Por exemplo, se
congelar aos 37 anos e decidir ter filhos em 7 anos com sêmen do marido
ou de doador, a chance da paciente será de 51%. Por outro lado, se não
congelar e não aceitar sêmen de doador a chance cai para 3,8%",
finaliza.
Dr. Joji Ueno
O
ginecologista e obstetra Dr. Joji Ueno é doutor em Medicina pela
Universidade de São Paulo (USP), ex-Fellow do The Jones Institute for
reprodutível medicine Nordolk, Virgínia -EUA.
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