Com equipe multidisciplinar, serviço oferece suporte a pacientes que desejam parar de fumar
São Paulo, SP (agosto de 2017)
– Para auxiliar pessoas que desejam parar de fumar, o Hospital
Samaritano Higienópolis (São Paulo) acaba de criar um Centro de Atenção
ao Tabagismo. Atualmente, 25 milhões de brasileiros são fumantes,
segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o
consumo de tabaco é a principal causa de mortes evitáveis no mundo,
responsável por 63% dos óbitos relacionados a doenças crônicas não
transmissíveis. Apenas em São Paulo, de acordo com o Ministério da
Saúde, 14,1% da população é fumante.
Formado
por uma equipe multidisciplinar e com atuação baseada em terapia
cognitivo-comportamental, o centro oferece um programa que inclui quatro
sessões de debate em grupos de até três pessoas, seguidas de consulta
individual com pneumologista, mais duas sessões individuais com
psicóloga e nutricionista.
“Os
encontros têm intervalo de uma semana e cada um deles tem foco em uma
das fases do processo de cessação do tabagismo, que podem ser muito
estressantes, mesmo para aquele paciente que está decidido a parar de
fumar. O acompanhamento de psicólogo e nutricionista tem o objetivo de
dar suporte a essas pessoas em todo o ciclo que envolve essa escolha,
prevenindo a troca do vício por uma compulsão alimentar, por exemplo”,
destaca Igor Bastos Polonio, coordenador do Centro de Atenção ao
Tabagismo do Samaritano Higienópolis.
Durante o
tratamento, são abordados temas como a relação da pessoa com o
tabagismo (quando iniciou, quantos cigarros fuma por dia etc.), o motivo
que a fez buscar o tratamento e as principais dificuldades encontradas
na interrupção do vício. Além disso, logo no início do programa – entre a
primeira e a segunda sessões –, é solicitado ao paciente que estabeleça
uma data para deixar de vez o cigarro.
Os
participantes também aprendem técnicas de respiração para relaxamento e
recebem orientação para evitar crises de abstinência e recaídas. Por
fim, os pacientes têm acesso a informações sobre as alterações positivas
que ocorrem no organismo uma vez que parem de fumar.
“Não há
quantidade segura de nicotina que uma pessoa possa consumir por dia – a
partir de um cigarro, a incidência de infarto, por exemplo, aumenta. Já
os benefícios da cessação do tabagismo ocorrem em qualquer idade e
sempre há redução de risco das doenças relacionadas ao tabaco, que são
mais de 60, como alguns tipos de câncer e enfisema pulmonar”, explica
Polonio, que é doutor em Pneumologia pela Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (USP) e professor da disciplina na Faculdade
da Santa Casa de São Paulo.
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