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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Relógio biológico masculino existe?


Cláudia Navarro, especialista em reprodução assistida
Por muito tempo acreditamos que o tempo passava somente para a mulher quando o assunto era decidir ter um filho. Mas agora não faltam estudos que mostram também aos homens uma espécie de prazo de validade na escolha de se tornarem pais. A idade chega para ambos os sexos, e, apesar de não necessariamente levar à infertilidade nos homens, os gametas masculinos sofrem com a passagem do tempo, conforme mostram pesquisas.

De fato, o relógio biológico feminino é injusto com a realidade das mulheres. Hoje elas ocupam uma farta parcela do mercado de trabalho, assumem a hierarquia em diversos segmentos, estudam como nunca e, assim, postergam ao máximo a maternidade. Para os homens, esse “check list” da lista de afazeres da vida não parecia ser um problema para decidirem gerar um filho somente depois das conquistas pessoais.

Entretanto, somente neste ano, dois estudos internacionais já alertam que é hora de os homens repensarem o adiamento do planejamento familiar. Em uma das publicações, os pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, analisaram dados de aproximadamente 19 mil ciclos de tratamento de fertilização in vitro na região de Boston entre 2000 e 2014.

Como era de se esperar, no caso das mulheres, aquelas que tinham entre 40 e 42 anos tiveram as menores taxas de sucesso no tratamento, e, para essas mulheres, a idade do parceiro não teve impacto. Mas, para mulheres mais jovens, a idade do aspirante a pai teve influência significativa. As parceiras com menos de 30 anos com parceiros entre 30 e 35 anos tiveram taxa de sucesso de 73%. Por outro lado, para mulheres na mesma faixa etária, com parceiros entre 40 e 42 anos, a taxa cai para 46%. Os pesquisadores consideram que os resultados servem para ajudar mulheres a encorajarem seus parceiros a ter um filho, uma vez que certas vezes elas enfrentam resistência por parte deles.

Já o estudo científico da Escola Icahn de Medicina do Hospital Mount Sinai, em Nova York, nos Estados Unidos, contou com uma ampla análise de mais de cem pesquisas internacionais sobre infertilidade masculina. Os dados revelaram uma forte redução na contagem de esperma ao longo dos anos entre os habitantes de países ocidentais ricos. Segundo os pesquisadores, os dados indicam que, entre os anos 1970 até 2013, a concentração e a quantidade total de gametas caíram mais que a metade entre os moradores em geral da América do Norte, Europa, Austrália e Nova Zelândia.

Apesar de esse estudo apontar uma realidade que geograficamente parece distante do Brasil, um dos pesquisadores ressaltou para a possibilidade da redução de gametas masculinos ser um fenômeno global. Isso porque países em desenvolvimento não teriam dados tão aprofundados sobre o tema, o que torna difícil comprovar a situação nessas regiões.

A ciência, então, já está mostrando aos homens que é hora de pensar sobre paternidade e dividir com as mulheres os anseios e a responsabilidade do planejamento familiar. A escolha de ser pai, além de permear o preparo psicológico para tal responsabilidade e prazer, agora, também parece se pautar no tempo. Ainda assim, mais estudos serão necessários para que se tenha uma melhor compreensão da influência da idade não só na fertilidade masculina, mas também na qualidade dos embriões gerados por esses pais.
 

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