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sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Conjuntivite alérgica demanda tratamento prolongado


 
 
São Paulo, 01 de setembro de 2017 – Quem tem filhos pequenos sabe que o inverno é a estação do ano que mais traz problemas à saúde deles. Os problemas respiratórios crescem demasiadamente nessa época do ano e deixam os pequenos mais frágeis. Nos dias mais frios e com a chegada da primavera, também aumentam os casos de alergias oculares, como a conjuntivite alérgica.

Segundo Dra. Marcela Barreira, Oftalmologista Pediátrica, a conjuntivite alérgica quase sempre está associada a outros problemas respiratórios, como rinite e sinusite, por exemplo.

“Porém, o inverno e a primavera são importantes fatores de risco as conjuntivites alérgicas. As mudanças climáticas causam alterações na imunidade das crianças e, por isso, o inverno é o principal desencadeador da conjuntivite alérgica. Os atópicos, ou seja, pessoas que são alérgicas, apresentam risco aumentado para a conjuntivite alérgica, que pode ser desencadeada também por outros alérgenos, como com pó, tapetes, cortinas, cobertores, roupas de lá, bichos de pelúcia, etc.”, explica.

Conjuntivite alérgica x conjuntivite infecciosa
É muito comum confundir uma conjuntivite causada por uma alergia com uma conjuntivite infecciosa, causada por vírus ou bactérias. Por isso, destacamos alguns sinais dos dois tipos do problema, para ajudar na identificação:

 
Conjuntivite Alérgica Conjuntivite Infecciosa
Mais comum no inverno Muito comum no verão
Não é contagiosa É altamente contagiosa
Causa secreção mais esbranquiçada, como lacrimejamento Causa secreção amarelada, parecida com pus
Causa muita coceira Causa muita ardência
Pode se estender por semanas Geralmente, dura de 5 a 7 dias

Porém, cada tipo de conjuntivite demanda um tratamento diferente. Por isso, é indispensável a avaliação e o acompanhamento de um oftalmopediatra para saber qual o tratamento que deve ser feito.

Tratamento específico
De acordo com Dra. Marcela, a terapia utilizada para tratar a conjuntivite alérgica é bem diferente dos casos infecciosos, já que em muitos casos é preciso tratar a alergia. “Diferentemente da conjuntivite viral ou bacteriana, cujo tratamento dura de cinco a sete dias e a criança melhora, a conjuntivite alérgica tem o tratamento mais demorado porque há picos de exacerbação e picos de melhora, como qualquer tipo de alergia”, afirma.

Geralmente, são utilizados dois medicamentos para tratar os casos alérgicos: um antialérgico e algum tipo de corticoide em forma de colírio. Segundo Dra. Marcela, há casos de conjuntivite alérgica severa em crianças, que necessitam de um tratamento prolongado.

“Quando a criança tem conjuntivite alérgica crônica é preciso acompanhar regularmente com um oftalmopediatra, além de controlar os fatores que podem desencadear a alergia. Se os pais já têm conhecimento do que aumenta a alergia, o ideal é evitar que a criança entre em contato com estes agentes alérgenos. Vale lembrar que nenhum medicamento deve ser usado nos olhos sem a devida prescrição médica, especialmente quando falamos de colírios”, finaliza a médica.  

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