Objetivo do
projeto foi aplicar tecnologias móveis a favor da saúde
Um
aplicativo, desenvolvido para o iPhone (smartphone da Apple) e voltado a
pacientes com disfunção pulmonar restritiva (com dificuldade de expansão
pulmonar) foi o projeto de doutorado apresentado pela professora e doutoranda
Alessandra de Almeida Fagundes, da Universidade do Vale do Paraíba (Univap).
“Este projeto foi motivado pelo desejo de aplicar
tecnologias móveis a favor da saúde, procurando inserir pacientes e terapeutas
em um contexto de interatividade a fim de incentivá-los a realizarem os
exercícios respiratórios, garantindo maior adesão ao tratamento. A ideia
surgiu a partir das observações em minha prática clínica e do desejo
de motivar, principalmente, as crianças atendidas no setor de fisioterapia
respiratória da Faculdade de Ciências da Saúde da Univap”, conta Alessandra.
Para
isso, ela, em parceria com um grupo de pesquisa da universidade e com a empresa
Babs2go, desenvolveu um aplicativo que possibilita realizar exercícios respiratórios
de forma interativa. Por meio do aplicativo, quando o paciente respira (fase da
inspiração) um módulo visual simula na tela a elevação de bolinhas. Quanto mais
o paciente respira, mais as bolinhas se elevam. O objetivo é que o paciente
eleve as bolinhas até o alto e sempre que ele atingir essa meta ele passa para
outra fase, com aumento do ‘peso das bolinhas’ (nível de dificuldade) com
consequente aumento do esforço.
O
design do aplicativo é semelhante ao das ferramentas disponíveis atualmente no
mercado, porém com algumas vantagens adicionais tais como o registro do
histórico das sessões, a estatística de desempenho e a possibilidade de
expansão desses recursos.
Além
disso, o design do aplicativo permite diferentes níveis de dificuldade (mais de
100 níveis para cada uma das bolinhas), o que permite ampliar sua aplicação
atendendo desde pacientes com dificuldades respiratórias até atletas
profissionais. “Em contraposição, os equipamentos tradicionais normalmente
apresentam somente três níveis de dificuldade”, explica.
O
aplicativo já foi testado em pessoas saudáveis e em pacientes com disfunção
pulmonar restritiva e os resultados são promissores em comparação aos dos
aparelhos disponíveis hoje no mercado. Foram observados aumento da força muscular
respiratória e melhora na expansão pulmonar após o uso do aplicativo.
Esse projeto levou quatro anos para ser
desenvolvido e a intenção da fisioterapeuta e pesquisadora, Dra.
Alessandra, é de disponibilizar essa ferramenta na AppStore, assim que
concluída a fase final de controle de qualidade e de avaliação pela
Apple.
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