Apenas 5% dos casos diagnosticados apresentam algum risco para o paciente
São Paulo, 18 de maio de 2017 - Extremamente comuns, os nódulos na tireoide podem aparecer em qualquer pessoa, de qualquer faixa etária. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, estima-se que 60% da população brasileira terá nódulos na tireoide em algum momento da vida. Porém, são poucos os quadros necessitam, de fato, de tratamento. Apenas 5% dos casos são malignos.
“O paciente deve estar atento a qualquer sinal estranho na região do pescoço. Se sentir dificuldade para engolir ou, ao passar a mão, detectar algum tipo de caroço, é fundamental que ele procure um especialista”, alerta a Dra. Carolina Ferraz, endocrinologista do Centro de Nódulos da Tireoide do Hospital Samaritano de São Paulo.
Ao serem diagnosticados, a característica do nódulo no ultrassom deve ser analisada pelo médico, que avaliará a necessidade de se realizar um exame denominado punção aspirativa com agulha fina (PAAF). “O procedimento é simples e serve para definir se o nódulo é maligno ou benigno”, explica a especialista.
Nódulos benignos
Os nódulos benignos geralmente são assintomáticos, porém, se forem muito grandes (acima de 3cm), podem causar certos desconfortos, como falta de ar e dificuldade para engolir, por exemplo.
O diagnóstico é feito via exame de ultrassonografia e por meio da palpação do pescoço e não há um tratamento específico para este caso. “Quando o nódulo é benigno, o indicado é apenas realizar um acompanhamento semestral ou anual para checar sua evolução. A cirurgia só é indicada quando o nódulo atrapalha o indivíduo”, afirma Dra. Carolina.
Nódulos malignos
Os sintomas dos nódulos malignos são geralmente os mesmos sintomas de um nódulo benigno, por isso, é importante sempre que houver alguma característica suspeita no ultrassom, realizar o PAAF.
Quando diagnosticado, o tratamento do câncer de tireoide é feito por etapas. “O primeiro passo é retirar a glândula por meio de cirurgia”, explica a endocrinologista. Depois da cirurgia, o paciente deve fazer um acompanhamento e exames para avaliar a dose adequada para a reposição hormonal. “Existe uma terceira fase do tratamento, que envolve a aplicação de iodo radioativo, mas que é realizada somente se o especialista considerar necessário”, complementa a Dra. Carolina.
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