Segundo a ABTO, a taxa de recusa de doação de órgãos por parentes é de 43%, e a média mundial em torno de 25%
Quanto mais doações de órgãos maior a chance de recomeços. Dados
do Ministério da Saúde mostram que no Brasil, atualmente, há cerca de
40 mil pessoas na fila de espera para doação de órgãos. De acordo com a
Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), a taxa de recusa
de doação de órgãos por parentes é de 43%, e a média mundial em torno
de 25%. O Ministério da Saúde busca por meio de campanhas educativas a
mudança dessa mentalidade, mas é um processo delicado que envolve a
desinformação e a perda de uma pessoa querida.
No
Brasil, o número de doadores vem crescendo. No primeiro semestre de
2017 aumentou quase 12%. O país passou de mais de 14 doadores para cada 1
milhão de pessoas, para mais de 16 por milhão de habitantes.
Pioneiro
e inovador na ciência de transplantação, o Hospital Felício Rocho, nos
últimos dois anos realizou cerca de 442 transplantes, sendo que os
órgãos transplantados foram de rim, fígado, pâncreas, coração e medula
óssea. Segundo a médica Sandra Vilaça, coordenadora da Unidade de
Transplantes do Felício Rocho, as pessoas precisam confiar no sistema de
saúde e manter o assunto sobre doação de órgãos presente no seu dia a
dia. “O Hospital tem nefrectomia por videolaparoscopia do doador e
estamos nos preparando para iniciar o procedimento via robótica”,
ressalta.
Sandra
Vilaça, diz ainda que no Hospital Felício Rocho existem protocolos
humanizados para atender pacientes analfabetos, cegos e potenciais não
aderentes. “Temos um ambulatório com profissionais para avaliar tanto o
doador como o receptor em cada caso específico. Os órgãos que podem ser
doados são: rim, fígado, coração, pâncreas, medula óssea, pele e ossos
”, explica.
Muitas
pessoas têm dúvida sobre quem pode ser doador. De acordo com a médica,
doador pode ser uma pessoa em vida ou quem tiver morte encefálica
(falecido). “Os pacientes transplantados têm alta hospitalar programada e
recebem uma cartilha e também têm acompanhamento com uma equipe
multidisciplinar: enfermeira, farmacêutica e nutricionista, além de um
médico para passar todas as orientações necessárias”, finaliza Sandra
Vilaça.
Em
2015, Marluce Andrade, da famosa dupla sertaneja Marluce & Luciano,
realizou um transplante de rim, no Hospital Felício Rocho. Ela recebeu o
rim do irmão Luciano. Atualmente, a dupla de cantores apoia diversas
causas sociais, em especial a doação de órgãos.
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