O médico estuda seis anos e faz residência por
dois anos, neste período, atualmente procuram se especializar em alguma
especialidade, como Oncologia, Cardiologia, Pediatria entre tantas que a
medicina separou do todo que é a ciência médica e científica de estudar
a doença, muito mais prevenir do que remediar como diz o ditado
popular. No entanto, o médico clínico geral, que pode ser Generalista,
pensa de forma mais ampla.
Atualmente, o Clínico Geral ficou como a infantaria, o que significa isso, ele é o primeiro a atender o paciente e recomendar através de exames de toques, perguntas - anamnese -, escuta de pulmão, coração e outros sinais e sintomas para o especialista. Já virou regra geral para iniciar qualquer tipo de tratamento. Não é o generalista.
Essa lide diária com tantas doenças e diagnósticos faz com que aqueles que possuem mais visão e abrangência do que é a medicina, estude mais e comece a compreender mais do que o especialista, que se vê obrigado a conhecer tudo de sua especialidade, e talvez essa responsabilidade o faz alheio a outras especialidades até mesmo por uma certa ética velada entre os médicos e meio que imposta pelo Conselho Federal de Medicina e os Conselhos Regionais de Medicina, de cada Estado, é uma luta intestina entre dirigentes e médicos, que aceitam, discordam, mas obedecem.
Ou seja, o médico precisa ser certificado, diplomado em cada especialidade que ele exerça, caso contrário, pode ser advertido, censurado com notas no Jornal de maior circulação no Estado e até mesmo ser suspenso e cassado seu CRM, um drama, para quem lutou tanto para ser médico de verdade.
A melhor medicina, segundo muito médicos da década de 40, é a medicina preventiva, que inclui o médico Clínico Geral que passa a ser reconhecido como Generalista, pelo fato de amplo conhecimento da matéria e dominar através de diagnósticos precisos várias doenças sejam elas as que as Estações do ano trazem, sejam as epidemias, sejam doenças raras e de difícil e até mesmo sem cura, como as doenças degenerativas crônicas, como câncer, diabetes, lúpus eritematoso, conhecida como doença auto-imune.
Portanto, não fosse a Segunda Guerra Mundia, com o advento de laboratórios, hospitais, cirurgias e grandes avanços na tecnologia manual e de equipamentos. O médico seria como o de antes, o médico de Família, que se tenta voltar para que ele possa conhecer, acompanhar desde o local onde a pessoa está inserida, sua nutrição, higiene, ambiente, lazer enfim conhecer in loco o paciente como um todo.
No Tibet os terapeutas ganham pelas famílias que estão saudáveis e param de ganhar seu sustento quando elas adoecem, interrompe volta a normalidade. São culturas diferentes, mas o ideal de uma sociedade que se preocupa com o fator humano em primeiro plano para depois resolver o financeiro, é o ideal, o mais razoável.
Assim, o Clínico Geral, hoje é superficial, porém se ele aprofundar pode se tornar um dos melhores e mais raros profissionais de saúde inserido na sociedade, é difícil e a tendência atual é de diminuir, como a especialidade de pediatria, que vira e mexe, lemos que os formandos pouco se interessam devido ser menos propícia para exercer a profissão e para ganhos que valorizem a carreira.
Marcelo Santos
jornalista MTb 16.539
jornalista MTb 16.539
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