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sexta-feira, 11 de março de 2016

Urologia

PSA - diagnóstico para próstata com câncer - novembro azul - é duvidoso, falso e caro


Gasta-se bilhões em remédios e tratamentos com a Saúde Pública num efeito perverso para a população. O Brasil como é a máxima entre a intelectualidade e milionários está no atraso, mesmo com a alta tecnologia mais de uma década.
Leia o texto extraído de pesquisa no Livro Avaliação de tratamentos de saúde, chocante em relação ao tratamento nos USA e que aqui tanto os planos de saúde, particulares e Saúde Pública indicam e bancam e sustentam uma indústria perversa da dúvida e da incerteza que apenas ganha rios de dinheiro em relação ao verdadeiro tratamento honesto.
Hoje é comum tanto crianças, adultos e idosos tomar medicamentos indiscrinamente sem usar tipos ou técnicas de tratamento mais natural e menos agressivo com comprovação analística de resultados. Numa intoxicação para o organismo que pode e mata ao invés de tratar e curar e fere os cofres públicos de maneira tão brutal que a falta de medicamentos nos Postos de Saúde e Centros ou outros nomes, faz com que a população se livre da incerteza e as autoridades competentes; Ministérios da Saúde e suas secretárias estaduais e municipais se calem diante da falta.

Sobre o diagnóstico do câncer de próstata
“O câncer de próstata foi descrito como exemplo por excelência do sobrediagnóstico. Isso não significa que não existam homens cujas vidas são salvas da morte precoce por câncer de próstata em consequência do diagnóstico precoce. Contudo... temos poucas possibilidades de saber de antemão quais homens irão se beneficiar do rastreamento e quais serão tratados desnecessariamente, muitas vezes com consequências adversas graves para a vida.
O problema fundamental é que, por meio do rastreamento e dos testes do câncer depróstata, estamos encontrando muito mais casos do que antes, e, por mais estranho que possa parecer, muitos desses cânceres nunca viriam a colocar a vida em risco. No passado, esses homens nunca teriam tido conhecimento de que tinham câncer de próstata e acabariam morrendo por outra coisa qualquer. Morreriam com o câncer de próstata, em vez de por causa dele.
Ao encontrar todos esses cânceres indiferentes, estamos dando a muito mais homens diagnóstico de câncer de próstata do que antes. Daí o termo sobre diagnóstico. Esse é o dilema principal enfrentado por todos os homens que contemplam serem Chapman S, Barratt A, Stockler M. Let sleeping dogs lie?
What men should know before getting tested for prostate cancer. Sydney: Sydney University Press, 2010. p.25.
Os níveis sanguíneos de uma substância chamada antígeno prostático específico (PSA) são elevados na maioria dos pacientes com câncer de próstata. No entanto, não existe um nível claro definido que diferencie os homens com câncer dos sem câncer, e um em cada cinco com câncer clinicamente significativo terá níveis de PSA normais. Além disso, apesar do seu nome, PSA não é “específico”. Por exemplo, os tumores de próstata não cancerígenos, as infecções e até mesmo os analgésicos vendidos sem receita médica podem causar níveis de PSA elevados. Nesses termos, por si mesmo, o PSA possui claramente limitações como teste de rastreamento.
No entanto, os testes de rotina do PSA em homens saudáveis foram promovidos com entusiasmo para o rastreamento do câncer de próstata por grupos de profissionais e de pacientes, e ainda por empresas que vendiam testes, tendo sido amplamente adotados em muitos países. O lobby a favor do rastreamento do PSA foi especificamente reivindicativo nos Estados Unidos, onde se estima que, a cada ano, 30 milhões de homens são testados, acreditando que essa é a coisa mais sensata a fazer. Então, qual é a evidência de que a detecção precoce do câncer de próstata com rastreamento do PSA era o prognóstico, e o que é conhecido sobre os prejuízos associados
O descobridor do PSA se expressa
“A popularidade do teste conduziu a um enorme desastre dispendioso da saúde pública. É uma questão com a qual estou familiarizado, pois eu descobri o PSA em Os americanos gastam uma quantidade enorme em testes para câncer de próstata. A despesa anual do rastreamento do PSA é, no mínimo, de US$ 3 bilhões, sendo grande parte desse montante pago pela Medicaree pela Veterans Administration. O câncer de próstata pode chamar muito a atenção da imprensa, mas considerem os números: os homens americanos têm 16% de chance de vida ao receberem o diagnóstico de um câncer de próstata, mas somente 3% de chance de morrer por causa disso. Isso acontece porque a maioria dos cânceres de próstata evolui lentamente. Em outras palavras, os homens que têm sorte suficiente para alcançar a terceira idade têm muito mais probabilidades de morrer com câncer de próstata do que Mesmo assim, o teste é dificilmente mais eficaz do que uma aposta em cara ou coroa ao lançar uma moeda para o alto. Como tenho tentado esclarecer há tantos anos, o teste de PSA não consegue detectar o câncer de próstata e, mais importante ainda, não consegue distinguir entre dois tipos de câncer de próstata – o que pode matar e o que não mata”.
Ablin RJ. The great prostate mistake. New York Times,10 mar, 2010.
A evidência de alta qualidade relativa aos benefícios e aos prejuízosdo rastreamento do PSA está sendo disponibilizada atualmente. Em 2010, os resultados de todos os estudos relevantes foram sistematicamente revisados. Essa avaliação mostrou que, embora o rastreamento do PSA tenha aumentado a probabilidade de ser diagnosticado com câncer de próstata (como seria previsto), não houve impacto significativo na taxa de mortalidade decorrente do câncer ou na taxa.
Então, a maré está se virando contra o rastreamento do PSA? Richard Ablin, descobridor do PSA, certamente pensa que isso devia acontecer e há anos vem se manifestando. Em 2010, ele comentou:
“Nunca sonhei que a descoberta que fiz há quatro décadas levaria a esse desastre da saúde pública orientado para os lucros.
A comunidade médica deve confrontar a realidade e parar a utilização indevida do rastreamento do PSA. Fazendo isso, pouparia bilhões de dólares e resgataria milhões de homens de tratamentos desnecessários e debilitantes”. Quando muito, todos os homens, antes de serem submetidos ao teste do PSA, deveriam ser informados sobre as limitações do teste e sobre as possíveis consequências adversas. Como um grupo de especialistas observou: “[os homens] deveriam ser informados de que o teste não consegue dizer [a eles] se têm um câncer potencialmente fatal e que pode levá­los a passar por um emaranhado de testes e tratamentos que poderiam ser evitados”.

Extraído do livro Avaliação de tratamento de saúde - 2a. edição - dos autores: Imogen Ivans, Hazel Thornton, Alain Chalmers e Paul Glasziou.

Pesquisa e texto do editor e jornalista Marcelo dos Santos - MTb 16.539 - SP/SP



17 de novembro: Dia Mundial da Prematuridade: o que os pais de bebês prematuros precisam saber?


Os pais de prematuros necessitam do apoio da família e de amigos. Se você conhece uma família com um bebê na UTI neonatal, 
seja solidário, demonstre amor!



Ter um bebê prematuro para muitas famílias é desolador, assustador, difícil, triste, traumático e algo que ninguém merece experimentar. Mas os pais dos prematuros também sabem coisas que os outros pais não sabem. Eles sabem que, apesar da dor, da luta, das lágrimas e das noites sem dormir, ter um bebê prematuro é uma experiência transformadora.

“As mães dos prematuros conhecem a perda. A perda do sonho de uma gravidez saudável, a perda do sonho de carregar uma grande barriga de grávida, a perda do sonho de ver um bebê nascendo aos nove meses, gritando e chorando... Experiências que elas pensavam que iam compartilhar com as outras mães. Os pais dos prematuros sabem mais sobre o medo e o desamparo, sobre o querer desesperadamente ajudar seus filhos, sobre o desejar fazer qualquer coisa para eles possam ir para casa. Eles sabem o que é imaginar o futuro e saber que talvez ele possa ser muito mais difícil do que jamais pudessem imaginar”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

Os pais dos prematuros também sabem outras coisas:

·        Eles sabem o que é olhar para um bebê incrivelmente minúsculo com olhos que podem ainda não estar abertos, ligado a máquinas, e honestamente sentir um amor imenso e ainda acreditar que ele é o ser mais lindo que jamais existiu;
·        Eles sabem o que é e como encontrar alegria nos marcos mais ínfimos, como pequenos ganhos de peso ou vestir roupas (finalmente!) pela primeira vez;
·        Eles sabem o quanto o contato pele a pele, por horas a fio, é importante para o bebê, assim como o leite materno, desde os primeiros momentos de vida;
·        Eles sabem, mais do que ninguém, que cada etapa é uma celebração.


“Há uma enorme variação no desenvolvimento dos prematuros, e alguns pais têm mais facilidade para lidar com isso do que outros. Alguns vão lutar mais e ter um caminho mais complicado. A única coisa que médicos, enfermeiros, familiares, amigos e todas as outras mães e pais do mundo podem verdadeiramente entender é que quando eles olham para seus filhos prematuros, esses pais enxergam guerreiros, bebês que lutaram mais e superaram mais obstáculos do que qualquer um poderia ter imaginado”, diz o médico.

Coisas que todo pai de prematuro precisa saber

Ninguém planeja se tornar pai de uma criança frágil. Quando um bebê nasce prematuramente, a maioria dos pais está também despreparada para uma longa internação numa Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.

Crianças em UTI’s neonatais são muitas vezes tão frágeis que não podem ser carregadas, alimentadas, vestidas ou receber banhos, carinhos, afagos... Os pais, muitas vezes, se sentem impotentes e desamparados. O pediatra Moises Chencinski lista algumas dicas que podem orientar os pais nesses primeiros momentos:

1.     Você é parte integrante da equipe de cuidados permanente do prematuro. “Os pensamentos, sentimentos e observações dos pais do prematuro são extremamente importantes. Fale respeitosamente. Pergunte. Exprima suas preocupações. Compartilhe o que é importante para você. Se você sente fortemente que algo é melhor para o bebê, converse com a equipe”, orienta o médico;
2.     Prematuros precisam de leite materno fresco. “Prematuros devem receber uma dieta 100% composta por leite materno. Leite materno fresco pode salvar a vida de bebês frágeis. As mães devem começar a bombear o mais rapidamente possível. Para estabelecer e manter sua produção de leite, toda mãe de prematuro precisa de apoio - de seu parceiro, da família, do obstetra, do pediatra, do consultor de lactação, da equipe de cuidados do bebê. Quando o leite materno da mãe não está disponível, o leite materno pasteurizado de doadoras é a segunda melhor opção. As fórmulas aumentam o risco de um prematuro desenvolver enterocolite necrosante neonatal”, diz o pediatra, que é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo;
3.     Você sabe o que é melhor para o seu bebê, mesmo prematuro.“Aprenda a observar bem o seu bebê. Os prematuros podem tornar-se gravemente doentes rapidamente. Você pode saber antes de mais ninguém quando algo simplesmente não está certo. Se você sentir que algo não está certo, expresse suas preocupações e verifique se elas têm fundamento”, orienta o pediatra. Chencinski sugere que os pais prestem atenção aos sinais sutis de que algo pode estar errado:
·        Barriga anormalmente dilatada;
·        Instabilidade da temperatura (temperatura do corpo muito alta ou muito baixa);
·        Sangue nas fezes;
·        Fraldas secas frequentes;
·        Quantidades frequentes ou grandes quantidades de vômito;
·        Prisão de ventre;
·        Estado letárgico ou não tão sensível;
·        Dificuldades ou alterações para respirar.
4.     Aprenda a carregar o seu prematuro. “Pergunte aos enfermeiros como aplicar apropriadamente o Método Canguru. Prematuros precisam sentir o toque dos pais. Quando você não puder ser o canguru do seu bebê, leia em voz alta para ele”, diz Chencinski;

5.     Preste atenção aos detalhes. “Mantenha um diário, documentando rotinas de cuidados com o bebê, seu comportamento, bem como seus / suas contrariedades e realizações. Anote seus pensamentos e perguntas. Tome notas. Não transfira a responsabilidade de cuidar do bebê para a equipe do hospital. Eles são humanos e cometem erros. Se você não perceber os erros, é possível que ninguém mais o faça”, observa o pediatra;
6.     Torne-se o especialista do seu prematuro. “Leia e aprenda tudo o que você precisa saber sobre a saúde ou a condição do seu prematuro. Aprenda a linguagem empregada nas UTI’s neonatais e as melhores práticas. Se você não tiver certeza de onde encontrar informações credíveis, pergunte à equipe de atendimento do seu bebê. Estenda a mão para outras famílias nas UTI’s neonatais. Seja solidário com as famílias na mesma situação que a sua. Busque outras instituições, neonatologistas ou pesquisadores se você tiver perguntas específicas que a equipe de cuidado do seu bebê não pode responder”, recomenda Moises Chencinski;

7.     Você é a voz de seu bebê. “Não deixe que ninguém o intimide ou o envergonhe por ser defensor do seu bebê. Você não é chato. Você não vai colocar em risco a vida do seu bebê. Seu bebê precisa de você para falar por ele / ela, respeitosamente, sempre”, destaca o pediatra;

8.     Crie um refúgio de paz e cura. “Deixe para trás as frustrações e medos para que você possa estar presente e em sintonia com o seu bebê. Sorria para o seu bebê. Cante para seu bebê. Traga um cobertor especial de casa. Pendure fotos de família perto dele. Toque uma música suave. Comemore os menores avanços”, orienta o médico;

9.     Não deixe a sua vida de lado. “Ter um bebê numa UTI neonatal é desgastante. Uma internação numa UTI neonatal pode parecer que nunca vai acabar, mas vai. E você nunca vai ter esse tempo de volta, portanto, viva esse momento plenamente, sem arrependimentos. Leia livros especiais para o seu bebê. Tire fotos, faça vídeos com o seu bebê, mesmo se ele / ela estiver gravemente doente. Saboreie cada fase com o seu bebê. Tragicamente, a perda do bebê é uma coisa real para muitas famílias nas UTI’s neonatais. Se você já experimentou esta trágica perda, busque apoio”, afirma Moises Chencinski.
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