Mitos e verdades sobre a coleta das células tronco do cordão umbilical
Quando falamos em armazenamento de 
células-tronco do cordão umbilical, muitas pessoas não sabem como 
funciona e a pergunta mais frequente entre as mamães de plantão é: vale a
 pena investir para armazenar as células-tronco do cordão umbilical?
Se pararmos para pensar que a probabilidade 
do material coletado do recém-nascido ser compatível com os familiares, é
 acima de 25% para pais e irmãos, ou seja, com chances muito mais 
elevadas do que aguardar um doador compatível nos bancos públicos e de 
poder ser usada de forma imediata, sim vale a pena.
Claro que as chances de uma pessoa da 
família precisar das células para o tratamento de uma enfermidade ser 
baixa, ainda assim oferece uma certa “segurança” para quem as têm 
armazenadas no banco privado.
“As células-tronco são encontradas em várias
 partes do corpo humano, como na medula óssea, células de gordura, polpa
 dentária, etc. Entretanto, as células do cordão umbilical são 
consideradas virgens, livres de impurezas por não terem sofrido com as 
mudanças do mundo externo, daí o seu poderoso papel terapêutico”, afirma
 Dra. Adriana Homem, médica responsável técnica do BCU Brasil, maior 
banco privado de coleta e armazenamento de células-tronco do cordão 
umbilical da América Latina.
Entretanto, por ser um assunto relativamente
 novo, final da década de 80, a forma de uso e armazenamento das 
células-tronco do cordão umbilical ainda levanta polêmicas e não têm 
consenso entre médicos, já que alguns defendem e outros criticam pontos,
 como o armazenamento em bancos privados, o uso de forma autóloga (no 
próprio doador), a eficácia dos tratamentos, etc.
Independente da polêmica esta é uma decisão que cabe apenas aos pais e devem ser respeitadas e não julgadas.
A eficácia das células-tronco é comprovada, o
 importante é não descartar este material, seja ele armazenado nos 
bancos privados ou doado para o banco público. “É fato que guardar as 
células-tronco no Brasil ainda é algo novo e não há dados 
estatísticos sobre o uso dos materiais armazenados nos bancos privados. 
Contudo, em países como o México, um dos pioneiros em células-tronco do 
cordão umbilical, há diversos casos de sucesso, tanto para uso autólogo 
como no caso de outros pacientes”, afirma Dra. Adriana.
É por isso que a Dra. Adriana resolveu 
esclarecer as principais dúvidassobre alguns mitos e verdades sobre a 
coleta e uso das células-tronco do cordão umbilical, confira abaixo:
1)      As células-tronco do cordão umbilical já são utilizadas comprovadamente para tratamentos de doenças?
Verdade. Hoje as células-tronco do cordão 
umbilical podem ser usadas para tratamento de mais de 80 doenças 
comprovadamente, entre elas enfermidades graves, como leucemias, anemia 
falciforme, mielomas múltiplos, hemoglobinopatias, doença de Hodgkin e 
inclusive a mielodisplasia, uma doença rara, como a do garoto Tancrede 
(11 anos), que ganhou espaço na mídia, graças às campanhas nas redes 
sociais para encontrar um doador compatível com ele.
2)      É verdade que as chances de encontrar um doador compatível nos bancos públicos é baixa?
Verdade. Com a miscigenação e a grande 
variedade genética dos povos as chances de encontrar um doador nos 
bancos públicos são pequenas, variam de 1 em 10 mil a 1 em 1 milhão, 
dependendo da mistura entre raças. Entretanto, é importante não 
desperdiçar este material tão rico, seja doando para o banco público ou 
armazenando em um banco privado.
3)      É verdade que o uso autólogo das células-tronco do cordão umbilical é condenado por médicos?
Em partes. Há algumas pesquisas que sugerem 
que o uso autólogo não apresenta resultados satisfatórios, visto que se 
uma criança desenvolve leucemia, estes estudiosos acreditam que as 
células-tronco do sangue do cordão umbilical já possuíam as células 
cancerosas ainda no útero da mãe. Entretanto, isto ainda não está 
efetivamente comprovado e, contrariando as pesquisas, há casos de 
transplantes autólogos realizados com sucesso, como exemplo, no México 
em 2012, onde uma criança com Linfoma não Hodgkin, recebeu as suas 
próprias células do cordão umbilical. Ainda podemos citar o caso do ator
 Reynaldo Gianecchini, que após buscar doadores compatíveis e não ter 
encontrado realizou um transplante autólogo com as células-tronco da 
medula óssea.
4)      Se eu armazenar as células-tronco no banco privado e depois quiser doá-las para os bancos públicos é possível?
Mito. Infelizmente, não é possível porque os
 bancos públicos não aceitam a transferência do material armazenado do 
banco privado para o público. Sendo assim, uma vez armazenado no banco 
privado, lá ele ficará e apenas o doador e os familiares poderão usá-lo.
 Já nos bancos públicos, assim que qualquer pessoa compatível com 
o material guardado apareça, poderá ser usado, desde que já tenha 
passado por todas as avaliações necessárias como testes de HIV, Hepatite
 e outros.
5)      As células-tronco armazenadas serão compatíveis com membros da família? Verdade.
 As chances de serem compatíveis com pais e irmãos podem chegar a 50%. 
Sendo que com o doador esta compatibilidade é de 100%. Sendo assim, caso
 algum membro direto da família precise das células, a chance de 
compatibilidade é muito maior do que no banco público.
ade é de 100%. Sendo assim, caso algum 
membro direto da família precise das células, a chance de 
compatibilidade é muito maior do que no banco público.

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