Ilustração
Estimativas
da Organização Mundial da Saúde (OMC), apontam que número de fraturas
de quadril devido à osteoporose deve crescer três vezes
até 2050, alcançando a marca de 6,3 milhões de fraturas. Outro dado
expressivo é que uma
entre três mulheres (mais que o
câncer de mama) e um em cada cinco homens (mais que o câncer de
próstata), sofrerá uma fratura devido à osteoporose após os 50 anos.
Estes
números assustadores são alertas importantes a serem discutidos no
próximo dia 20 de outubro, data em que se celebra o Dia Mundial de
Combate à Osteoporose.
A patologia é uma doença que pode atingir todos os ossos do corpo,
debilitando o esqueleto e aumentando os riscos de fraturas espontâneas
ou não.
Os tipos mais comuns são:
Ø
Osteoporose Pós-Menopausa, que surge com a interrupção menstrual, fator que diminui os níveis de estrógeno - hormônio feminino;
Ø
Osteoporose Senil, consequência da perda de massa óssea, que acontece com o passar dos anos;
Ø
Osteoporose Secundária,
que pode ser hereditária ou fruto de uma dieta pobre em cálcio, do
excesso de fumo e álcool, imobilização prolongada ou uso contínuo
de medicamentos.
Embora
qualquer pessoa possa desenvolver a patologia, de acordo com
especialistas, pacientes que têm histórico de osteoporose na família,
devem ficar ainda mais atentos. Como não
tem sintomas, para saber se você sofre ou virá a sofrer com a doença, a
melhor indicação é ir a um médico especialista. Clínicos gerais,
ginecologistas, endocrinologistas, reumatologistas, fisiatras,
ortopedistas e, no caso de idosos, geriatras, são
capacitados para a realização diagnóstico.
Uma das maneiras de identificar a Osteoporose é por meio do
teste de calcâneo, que consiste em uma avaliação da massa óssea do indivíduo com uma ultrassonometria do calcanhar. No entanto, para confirmação e
avaliação do estágio do quadro, o exame mais adequado é a
densitometria óssea, um procedimento indolor, que mede a massa óssea da
coluna e do fêmur. Após o diagnóstico, a Osteoporose pode ser tratada,
com a supervisão de um médico, por meio da suplementação
de cálcio, vitamina D, bisfosfonatos, raloxifeno, calcitonina
teriparatida, entre outras substâncias.
Os
exercícios físicos também auxiliam na prevenção e no combate à
Osteoporose. Alongamentos para melhorar o equilíbrio e a coordenação
motora e uma caminhada para fortalecimento
muscular podem ser aliados. Porém, é ideal o acompanhamento de um
educador físico ou
personal trainer para que os tipos de exercícios realizados sejam
assertivos, já que alguns devem ser evitados, como aqueles que exigem
flexão e torção da coluna.
Além da prática esportiva, uma dieta rica em cálcios
para fortalecimento dos ossos, com leite e derivados, a eliminação
uso excessivo de álcool, que acarreta disfunções que levam à osteoporose,
o abandono do cigarro, que acarreta a perda de 1% de massa óssea por ano, e a redução de
cafeína, que pode promover
a maior excreção de cálcio pelos rins e diminuir a absorção do
nutriente pelo intestino, são maneiras eficientes de prevenção da
patologia.
Estatísticas e números da osteoporose
Números do Ministério da Saúde (MS), da International Osteoporosis Foundation (IOF) e da Federação Nacional e de Associações de
Pacientes e de Combate à Osteoporose (Fenapco):
• 10
milhões de brasileiros sofrem de osteoporose. Uma a cada três mulheres
com mais de 50 anos tem a doença. 75% dos diagnósticos
são feitos somente após a primeira fratura;
• No
Brasil, a cada ano ocorrem cerca de 2,4 milhões de fraturas decorrentes
da osteoporose. Cerca de 200 mil pessoas morrem todos
os anos em decorrência destas fraturas;
• Para
as mulheres acima dos 50 anos, a recomendação para a ingestão de cálcio
é de 1.000 mg por dia. As mulheres, principalmente
na menopausa, necessitam ingerir cálcio na quantidade recomendada para
manterem os ossos fortes e evitar as fraturas;
• As mulheres na menopausa são as mais atingidas pela doença, devido à queda brusca do estrógeno;
• Ossos mais afetados nas fraturas: fêmur, coluna vertebral, ombros e punhos;
• Aproximadamente 1,6 milhões de fraturas de quadril ocorrem no mundo a cada ano. O mesmo ocorre no Brasil. Em 2050 esse número
pode atingir entre 4,5 a 6,3 milhões;
•
Nas mulheres com mais de 45 anos, o número de dias passados em
hospitais por causa de fratura em função da osteoporose é superior
ao induzido por doenças como diabetes e infarto do miocárdio;
• É estimado que apenas uma em cada quatro fraturas receba o tratamento adequado;
•
Nos pacientes com correção cirúrgica de fratura de fêmur por
osteoporose, apenas 13,3% são encaminhados ao tratamento da doença.
Isso implica na ocorrência de novas fraturas;
•
O risco de novas fraturas vertebrais em mulheres que já apresentam
fraturas prévias é de 27% em cada ano após a primeira fratura;
• Classifica-se osteopenia quando a massa óssea é de 10% a 25% menor que a considerada normal. Mais do que isso, classifica-se
como osteoporose;
• 33% das mulheres maiores de 55 anos apresentam osteopenia;
• Um em cada cinco homens tem osteoporose.
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