As operadoras na América Latina relatam os maiores aumentos, já as europeias, os menores
SÃO PAULO, 25 de agosto de 2017 —
O custo do benefício saúde oferecido pelas empresas a seus empregados
continua a crescer em todo o mundo e não há sinais de redução, revela
pesquisa com grandes operadoras de saúde realizada pela Willis Towers Watson (NASDAQ: WLTW), empresa global líder em consultoria, corretagem e soluções. As
operadoras afirmam que os aumentos dos gastos com serviços médicos
ambulatoriais, consultas e internações, implementação de tecnologias
avançadas de saúde, além da utilização excessiva dos serviços continuam
sendo os vilões que impulsionam o aumento dos custos com o benefício.
A pesquisa Global Medical Trends Survey 2017, da Willis Towers Watson, foi realizada em outubro e novembro de 2016 e reflete respostas de 213 operadoras líderes de saúde em 79 países.
O estudo revela
que as operadoras de saúde em todo o mundo preveem um aumento de 7,8%
no custo do benefício saúde este ano. Em 2016, a taxa de aumento foi de 7,3%. A pesquisa também revela uma previsão de elevação de custos em todas as principais regiões. A América Latina deve sofrer os maiores níveis de aumento (11,5%), devido à alta inflação em alguns países. Também são esperados aumentos de custo consideráveis no Oriente Médio e África (9.8%). A
Europa continua a apresentar os níveis mais baixos de aumento (4,5%),
enquanto as operadoras nos E.U.A. projetam acréscimos de 7,5% este ano,
um aumento pouco menor do que em 2016.
De acordo com a pesquisa, as perspectivas de que esses custos sejam contidos num futuro próximo não são otimistas. Com
exceção das operadoras do Oriente Médio e África, a grande maioria dos
participantes da pesquisa, em todas as regiões, acredita que as
tendências atuais de aumento de custo do benefício saúde deverão
crescer, em alguns casos, de modo significativo, nos próximos três anos.
Já as operadoras do Oriente Médio e África mostram-se um pouco mais otimistas: 53% acreditam que os aumentos de custo permanecerão nos mesmos níveis nos próximos anos.
Tendência global de custos médicos
2015
|
2016
|
2017*
| |
Global
|
7,5%
|
7,3%
|
7,8%
|
América do Norte
|
8,4%
|
8,2%
|
8,6%
|
América Latina
|
12,5%
|
12,4%
|
11,5%
|
E.U.A.
|
8,8%
|
7,8%
|
7,5%
|
Europa
|
5,0%
|
4,3%
|
4,5%
|
Oriente Médio/África
|
9,0%
|
9,0%
|
9,8%
|
Ásia Pacífico
|
7,1%
|
7,7%
|
8,6%
|
*Estimativa
“Controlar
os crescentes custos com benefício saúde é, sem dúvida, uma das maiores
prioridades, não só para as operadoras, mas como para empregadores em
todo o mundo”, afirma Marcello Avena, Head de Health & Benefits da Willis Towers Watson. “Apesar
de registrarmos progresso na contenção de custos em saúde no Brasil,
muitas empresas continuam enfrentando dificuldades nessa área. E não é por falta de esforço ou inovação. Na
verdade, há cada vez mais empresas implementando abordagens
tradicionais ou inovadoras para o gerenciamento dos custos crescentes”,
complementa Marcello Avena.
Quase
dois terços das empresas citaram os altos custos das tecnologias de
saúde (63%) seguidos pela busca de lucro dos prestadores de serviços
(40%) como os principais fatores de aumento das despesas sobre as quais
operadoras e empregadores não têm nenhum controle. É interessante notar
que três em quatro operadoras (74%) classificaram a utilização excessiva
como o fator que mais impulsiona o aumento de custos relacionados ao
comportamento de empregados e prestadores de serviços.
De
acordo com a pesquisa, cada vez mais empresas estão oferecendo cuidados
preventivos e compartilhando com os seus empregados a responsabilidade
por sua própria saúde. Globalmente, quatro em cada dez respondentes (39%) oferecem programas de bem-estar. Nos EUA, 75% das organizações fornecem atualmente esses tipos de programas, versus 50% na Europa e 38% na América Latina. A expectativa é de que esses números cresçam no próximo ano, revela a pesquisa.
Os programas de promoção da saúde também vêm ganhando cada vez mais força. Quase dois em cada três participantes do estudo (65%) atualmente oferecem avaliações pessoais de riscos relacionados à saúde e outros 16% planejam fazê-lo em 2018. A segunda opinião médica é oferecida por 71% das operadoras e outros 11% planejam implementar. Quase metade (48%) das
operadoras oferece programas de educação para a saúde e estilo de vida,
e há uma expectativa de crescimento destes programas em 65% no próximo. Dentre outros pontos observados na pesquisa, destacam-se:
§ Doenças não contagiosas.
Segundo as operadoras, as três principais doenças em todo o mundo são o
câncer (75%), as doenças cardiovasculares (67%) e as respiratórias
(40%). As empresas participantes da pesquisa não acreditam que essa
situação irá se alterar nos próximos cinco anos.
§ Gestão do Benefício Saúde - Tendências.
66% utilizam redes contratadas e 65% exigem aprovação prévia para
serviços de internação programada com o objetivo de ajudar no
gerenciamento de custos. Quase 60% estabelecem limites para determinados
serviços.
§ Gerenciamento do estresse.
Com o aumento contínuo das preocupações acerca do estresse dos
empregados, 61% das operadoras em todo o mundo atualmente incluem
tratamentos relacionados à saúde mental e ao estresse no produto saúde.
Sobre a pesquisa
A pesquisa Global Medical Trends Survey da Willis Towers Watson foi realizada em outubro e novembro de 2016 e reflete respostas de 213 seguradoras/operadoras líderes de saúde em 79 países.
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